Impostômetro completa 20 anos e apresenta o Gasto Brasil para monitorar as despesas públicas em tempo real
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14 de abril de 2025 às 19:51:00

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Ferramenta permitirá que a sociedade acompanhe como União, estados e municípios utilizam os recursos arrecadados com impostos
Na quarta-feira (23), às 14h, a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) realizará, no Pateo do Collegio, a cerimônia que celebrará os 20 anos do Impostômetro, painel instalado no prédio da entidade que registra, em tempo real, o valor pago em tributos pela população brasileira aos governos federal, estadual e municipal. Durante o evento, serão realizadas mais duas ações: entrega de um estudo abordando as últimas duas décadas tributárias do Brasil, e a inauguração do Gasto Brasil, ferramenta de transparência que permitirá acompanhar o ritmo dos gastos públicos da União, estados (incluindo o Distrito Federal) e municípios, em parceria com a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB).
Inaugurado no dia 20 de abril de 2005, o Impostômetro, instalado no prédio da ACSP, localizado na rua Boa Vista, 51, no centro histórico da capital paulista, tem a sua história ligada à de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, que, em 1792, rebelou-se contra a cobrança do quinto, imposto de 20% sobre todo o ouro produzido no Brasil, e a prática da Derrama.
Hoje, o Impostômetro é referência em informação e na conscientização do contribuinte brasileiro sobre a carga dos impostos no cotidiano das famílias brasileiras. No dia 30 de março deste ano, o painel eletrônico registrou R$ 1 trilhão, marca alcançada cinco dias antes em comparação com 2024. No ano passado, foram pagos R$ 3,6 trilhões em tributos, marca inédita na história do Impostômetro.
Gasto Brasil: nova ferramenta para monitorar os gastos públicos
A Associação Comercial de São Paulo (ACSP), em parceria com a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), apresenta uma nova ferramenta de transparência, o Gasto Brasil. Ela será uma “calculadora” que permitirá à sociedade acompanhar, em tempo real, o ritmo dos gastos públicos da União, estados (incluindo o Distrito Federal) e municípios. A plataforma, que terá entre outros benefícios ser uma complementação ao Impostômetro, tem a missão de monitorar os gastos governamentais e lembrar aos gestores públicos que devem zelar por cada real gasto arrecadado por meio dos impostos e outras fontes.
“Controlar os gastos públicos é uma tarefa que, nem sempre, os governantes conseguem cumprir. A eficiência da máquina pública passa, impreterivelmente, na boa gestão dos recursos arrecadados com o pagamento dos impostos”, aponta Roberto Mateus Ordine, presidente da ACSP. “Com o Gasto Brasil, a sociedade ganha mais uma aliada para fiscalizar e monitorar as despesas governamentais”.
O Gasto Brasil surge para reforçar a necessidade de monitorar o uso dos recursos financeiros pelos agentes públicos. Não é novidade que, atualmente, o Brasil gasta muito e mal, evidenciando-se a urgência de conhecer não somente o valor total, mas também a sua distribuição entre os entes federativos.
“Hoje, o sistema é muito mais moderno, nos permite colocar os dados em um computador e transmitir para um painel de LED. Procuramos técnicos do Tesouro Nacional para termos acesso a dados reais”, explica Guilherme Afif Domingos, ex-presidente da ACSP e atual secretário de Projetos Estratégicos do Governo de São Paulo. “Será possível cruzar dados como o benefício previdenciário, Bolsa Família e crédito extraordinário”.
Com o Gasto Brasil, empresários, trabalhadores, consumidores, investidores e cidadãos, em geral, terão à disposição uma ferramenta notável no acompanhamento sobre o quanto e como se gasta, gerando nos brasileiros a consciência de cobrar uma gestão responsável e qualificada do uso do dinheiro público.
“O objetivo é alcançar o maior número de municípios, dar transparência aos números que mexem com a vida da população. Somos uma rede que reúne associações e federações que podem replicar a ferramenta e fazer recortes locais e regionais. Possuímos capilaridade, e é possível fazer isso”, declara Alfredo Cotait Neto, presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (FACESP).


















