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"Se acabou o pão, que comam brioches!" - por Edison Pires

Publicado em:
7 de setembro de 2024 às 14:00:00
Atualizado em:
24 de março de 2025 às 19:05:26
"Se acabou o pão, que comam brioches!" - por Edison Pires
Divulgação
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A frase "Se não tem pão, que comam brioches" é atribuída a Maria Antonieta, rainha da França, e foi dita supostamente às vésperas da Revolução Francesa de 1789, cuja cabeça rolou para dentro de um cesto.

A frase é considerada um exemplo de falta de contato com a realidade da população pobre e de desrespeito. O brioche é um pão francês feito com ovos e manteiga, considerado luxuoso (bem mais caro que o pão), e a frase teria sido dita em resposta ao povo faminto que se amontoava às portas do Palácio do Trianon, numa clara demonstração de total falta de senso da realidade.

A frase simboliza a insensibilidade de líderes que, protegidos por privilégios, não compreendem ou ignoram por diversos fatores a dura realidade enfrentada pela população mais humilde e que tanto depende dos serviços públicos. De que maneira comer brioches se não há nem o pão? Só quem vive em outra realidade é que pensa dessa maneira!

Fazer um paralelo entre essa citação e um governo que não está voltado às necessidades e prioridades do povo é, infelizmente, uma análise ainda relevante. Quando líderes políticos vivem numa bolha de luxo e conforto, muitas vezes perdem o contato com as condições de vida da maioria. E tudo piora quando essas mesmas autoridades vivem cercadas por pessoas que, ao tirarem proveito particular de cargos, salários e ações políticas que os favoreçam, apoiam as mais desencontradas decisões de governo, até mesmo aquelas que levem a cidade para um buraco sem fim, que consuma toda sua riqueza, que a torne ingovernável e comprometa o seu futuro. Toda essa alienação pode resultar em políticas públicas que, ao invés de mitigar os problemas sociais, acabam por agravá-los, mostrando uma falta de empatia e compreensão.

E uma das principais características de quem vive somente a realidade projetada por seus luxos e caprichos, vem da fuga da realidade, onde, ao invés de manter diálogo com a população e levar a ela a verdade sobre denúncias ou apontamentos, opta pela fuga, pelo silêncio e por descaracterizar a culpa que lhe foi imputada. Perdem a razão ao fazer valer a ideia de que um erro justifica o outro, ou, mostrar que: "ainda que eu erre, o outro errou muito mais!".

Em um cenário onde o governo não prioriza as necessidades básicas da população, como saúde, educação, infraestrutura entre outros, sua resposta aos problemas sociais pode ser superficial e ineficaz, semelhante a sugerir brioches no lugar de pão. Esse tipo de abordagem denota uma falta de planejamento e sensibilidade, onde as verdadeiras necessidades são ignoradas em prol de soluções que apenas maquiam as dificuldades enfrentadas pelos mais vulneráveis. É o famoso: "Faz de conta que eu faço, faz de conta que vai ficar bom, e, faz de conta que você acredita que está tudo bem!".

Além disso, essa desconexão pode gerar um ciclo vicioso de descontentamento e instabilidade social. Quando as necessidades básicas não são atendidas, o povo tende a perder a confiança nos governantes, o que pode resultar em protestos, revoltas ou até mesmo na ascensão de lideranças populistas que exploram esse descontentamento.

Em suma, "comer brioches" no lugar de pão se torna uma metáfora poderosa para governos que falham em perceber que as prioridades da população devem ser a base de qualquer política pública. De nada adianta o governante aparecer ao lado do povo, andar entre o povo, até comer no mesmo prato (em épocas especiais, como campanha eleitoral por exemplo), se ele não governa para e pelo povo! A falta de uma visão clara voltada às necessidades reais não só prejudica o desenvolvimento de uma nação, de um Estado ou município, mas também mina a própria legitimidade do governo perante seu povo. Governar para os "puxa-sacos" com a finalidade de garantir sua permanência no poder a qualquer custo (e bota custo nisso) é papel de quem não tem a nada a oferecer, mas, muito a ganhar.

Só não vê quem não quer!=

Edison Pires


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