Trombose após cirurgia: o que causa e como prevenir
Publicado em:
30 de janeiro de 2020 às 19:58:40
Atualizado em:
24 de março de 2025 às 19:05:42
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Só quem já presenciou um caso de trombose sabe o quanto a situação é preocupante para a saúde. Infelizmente, as tromboses tendem a ser ainda mais comuns após cirurgias, sobretudo quando o paciente fica muito tempo em repouso ou sem muitos movimentos nas pernas.
Por esse motivo, é muito importante entender os fatores de risco para a trombose e como prevenir um quadro tão preocupante quanto esse. Pronta para saber mais sobre o assunto? Continue sua leitura até o final!
Entendendo mais sobre trombose
Temida por muitos, a trombose é uma condição caracterizada pela formação de um coágulo de sangue em uma das grandes veias do corpo – atingindo as pernas ou coxas.
A formação de coágulos é responsável por pausar o fluxo sanguíneo (mesmo que de maneira parcial) e causar sintomas associados com dor, inchaço e mudança na coloração tecidual.
Sintomas de trombose
Sempre que notar qualquer tipo de sintoma listado abaixo, não deixe de procurar um médico – o diagnóstico prévio pode fazer toda a diferença!
- Dor e calor nas pernas;
- Mudança de coloração – sobretudo em tons vermelhos;
- Inchaço ou rigidez na musculatura da área;
- Tosse com sangue;
- Dores em outras regiões – como peitos ou costas;
- Respirações curtas e rápidas – em ritmo alterado.
É claro que tudo irá depender de cada paciente e do seu quadro de trombose, mas os sinais de dor, calor, rigidez e vermelhidão costumam ser os mais comuns para casos de trombose gerais.
O que causa trombose?
Normalmente os episódios de trombose ocorrem quando já falta de movimento por um elevado período de tempo ou após uma cirurgia.
Assim, existem vários fatores de risco que podem aumentar a predisposição para a ocorrência de trombose após cirurgia.
Como principais agravantes, podemos citar:
- Pacientes acima dos 60 anos ou que já sofreram problemas como AVC;
- Fatores hereditários ou problemas de coagulação sanguínea;
- Pessoas que fumam ou são obesas;
- Mulheres que utilizam medicamentos a base de hormônios – incluindo anticoncepcionais;
- Pacientes com câncer ou em fase de tratamento;
- Quem possui cardiopatias;
- Mulheres grávidas ou que acabaram de dar à luz;
- Ficar sentado por um longo período de tempo;
- Realização de cirurgias com aplicação de anestesias geral ou peridural;
- E pessoas que já apresentaram histórico prévio de trombose.
Qual é o grande problema em desenvolver trombose com uma cirurgia?
O principal agravante é que tais trombos podem se movimentar pela corrente sanguínea e obstruir a passagem de sangue para os pulmões, causando embolia pulmonar.
Caso o tratamento não ocorra rapidamente ou da maneira adequada, o paciente pode vir a falecer por conta desse problema.
Além de atingir os pulmões, a embolia pode se dar em regiões vitais como o cérebro ou o coração, gerando problemas ainda mais graves.
Daí a importância de optar por ações preventivas antes mesmo da cirurgia.
Como prevenir trombose após a cirurgia?
Felizmente, existem várias ações simples que podem prevenir episódios de trombose e evitar problemas após a realização de sua cirurgia.
Vamos conferir as principais?
- Utilizar meias elásticas compressivas
Meias de compressão podem ser muito úteis para prevenir episódios de trombose, sendo indicadas pelo médico que irá realizar sua cirurgia.
Em muitos casos, o uso das meias é recomendado antes e depois do procedimento, seguindo por até 20 dias de pós-operatório – mas tudo varia conforme o caso de cada paciente.
Dependendo da indicação médica, podem ser usadas meias de média ou alta compressão, estimulando o retorno venoso a partir da compressão da pele.
As meias de alta compressão são bem-vindas para quem já possui históricos relacionados com problemas de trombose ou varizes grossas.
- Tomar remédios para evitar a formação de coágulos sanguíneos
Os remédios anticoagulantes são excelentes para reduzir as chances de formação de trombos e coágulos que podem entupir estruturas e causar um verdadeiro estrago no organismo.
Esses fármacos costumam ser administrados de maneira injetável e pelo próprio médico – sobretudo em técnicas mais demoradas e complexas.
Além disso, a recomendação envolve procedimentos em que o paciente necessite ficar deitado ou em repouso durante um tempo elevado.
- Massagear as pernas
Para evitar a formação de coágulos estimulando a circulação, podem ser feitas massagens frequentes nas pernas – utilizando qualquer óleo de sua preferência.
Para somar ainda mais pontos positivos, a ação não requer muita prática, podendo ser realizada até mesmo em casa e de maneira simples.
- Levantar as pernas
Manter as pernas mais elevadas vai facilitar o retorno de sangue e evitar a formação de coágulos – por mais que pareça uma ação simplória.
A grande vantagem é que o inchaço das pernas também pode ser diminuído, trazendo ainda mais bem-estar para os pacientes.
O indicado é manter a movimentação várias vezes ao dia, mas sempre seguindo as orientações do fisioterapeuta e médico que estejam acompanhando o caso – principalmente pelo fato de que algumas cirurgias podem requerer repouso grande.
Dicas gerais para evitar a trombose (mesmo sem cirurgia)
- Mantenha um corpo saudável e livre do sedentarismo, praticando atividades físicas regularmente;
- Fique longe do cigarro, ele pode ser um dos principais fatores de risco para o problema;
- Procure ter uma alimentação mais saudável e equilibrada, consumindo alimentos que podem auxiliar para a saúde de todo o sistema cardiovascular;
- Evite o sobrepeso;
- Cuide das pernas durante viagens muito longas, procurando elevá-las e se movimentar sempre que puder – pensando, inclusive, no uso de meias compressivas;
- Sempre que puder, faça caminhadas semanais – pode ser mais benéfico para a saúde do que você imagina;
- Tome muita água e fique longe de bebidas alcóolicas o máximo que puder;
- Consulte um médico sempre que notar problemas, além de manter visitas periódicas durante os anos – mesmo que não apresente nenhuma complicação de saúde.
Considerações finais
Apesar da trombose ser uma condição médica que pode comprometer a vida do paciente, há maneiras de preveni-la antes e depois da cirurgia.
Além de aproveitar as dicas que trouxemos no artigo de hoje, converse com o seu médico sobre as condutas indicadas para o seu procedimento, colocando a saúde em primeiro lugar!
Fonte: Assessoria de Imprensa