Tamanduá-bandeira é resgatado dentro de posto de gasolina e levado para São Roque no Núcleo da Floresta

Segundo o biólogo Rafael Mana, responsável pelo atendimento no CRAS, o tamanduá — que recebeu o nome de Elaine, em homenagem à oficial do Corpo de Bombeiros que atuou no resgate — tem entre 3 e 4 anos e chegou ao centro “saudável e tranquila”, apesar de um ferimento na cabeça.

“O ferimento na parte de trás da cabeça indica colisão, provavelmente com algum veículo. Mas já está tratado e, em alguns dias, ela poderá voltar para a natureza”, afirma Mana.

Atropelamento deve ter causado o ferimento

A suspeita é de que o tamanduá tenha vindo de uma área de mata nos fundos do posto. Ao perceberem que o animal estava desorientado e machucado, caminhoneiros que estavam no local o acompanharam até o banheiro e fecharam a porta para evitar que ele se ferisse mais. Em seguida, acionaram o Corpo de Bombeiros.

Por ser uma espécie forte e arisca quando assustada, a orientação é que ninguém tente conter um tamanduá-bandeira por conta própria.

“É um animal pacífico, dócil, mas que pode se assustar facilmente. Como possui corpo muito forte e garras extremamente potentes, pode gerar graves acidentes. Não se deve tocar, alimentar ou tentar capturá-lo. O ideal é avisar a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e, se estiver ferido, acionar diretamente nossa equipe”, reforça o biólogo.

Soltura deve ocorrer em área segura

O CRAS agora estuda o local mais adequado para a soltura de Elaine. A tendência é que o retorno à natureza não aconteça no mesmo ponto do resgate. “Provavelmente ela não será solta no local do atropelamento para evitar que a situação se repita. Dificilmente teria a mesma sorte”, explica Mana.

A Prefeitura de Votorantim mantém convênio com o Núcleo da Floresta para o atendimento, tratamento e reabilitação de animais silvestres encontrados no município.

Fonte: Jornal Cruzeiroo do Sul