Polícia recupera em São Roque metralhadoras furtadas do Exército
Publicado em:
21 de outubro de 2023 às 13:25:57
Atualizado em:
21 de outubro de 2023 às 13:27:32
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Escondidas em meio a um lamaçal no Bairro Mombaça, próximo ao Km 57 da Rodovia Castello Branco, divisa entre os municípios de São Roque e Araçariguama, nove metralhadoras calibre .50 pertencentes ao Exército Brasileiro foram encontradas e recuperadas pela polícia na madrugada deste sábado, 21. Houve intensa troca de tiros entre policiais e bandidos, mas ninguém foi preso. Uma das viaturas policiais ficou cravada de balas.
Segundo informações, as investigações do caso apuraram que o armamento seria entregue a uma facção criminosa na noite da sexta-feira, 20. Equipes das polícias Civil e Militar de São Roque, Araçariguama, Mairinque e policiais do COE, Polícia Rodoviária e BAEP, participaram da ação e surpreenderam os criminosos. As metralhadoras estavam escondidas submersas numa grande poça de água e lama, na tentativa de dificultar serem encontradas.
As armas recuperadas foram levadas para a Delegacia de Polícia de Carapicuíba, onde a ocorrência foi registrada. Em nota, o Comando Militar do Sudeste confirmou que "na madrugada do dia 21 de outubro foram recuperadas mais 9 (nove) metralhadoras, sendo 5 (cinco) calibre .50 e 4 (quatro) calibre 7,62 (totalizando 17 armamentos)". O Exército ressaltou que a localização do armamento foi "fruto de uma ação integrada do Exército Brasileiro com a Polícia Civil do Estado de São Paulo".
Investigação
O Exército investiga se pelo menos três militares do quartel de Barueri, na Grande São Paulo, participaram do furto das 21 metralhadoras de guerra a pedido de facções e se o crime foi cometido a partir do feriado de 7 de setembro e se continuou nos dias seguintes.
Cerca de 160 militares estavam "aquartelados" desde a semana passada. Todos tiveram seus celulares confiscados e estavam trabalhando entre os dias 6, 7 e 8 de setembro. Antes, aproximadamente 480 tinham sido "retidos" inicialmente. Mas na terça-feira, 16, 320 deles foram "soltos" para voltarem para suas casas. Mais de 50 militares já foram ouvidos pelo Exército no Inquérito Policial Militar (IPM).
Após o sumiço das metralhadoras, o tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista, diretor do Arsenal de Guerra, foi exonerado, conforme publicação do Diário Oficial da União. Em seu lugar, assume o novo diretor, o coronel Mário Victor Vargas Júnior, de 48 anos, que comandará o quartel. A exoneração de Rivelino havia sido anunciada na quinta (19) pelo general de Brigada Maurício Vieira Gama, chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Sudeste (CMSE) durante entrevista coletiva com jornalistas na sede do órgão, na capital paulista.