Pacientes são tirados de hospital federal durante incêndio no Rio; uma mulher morreu
Publicado em:
27 de outubro de 2020 17:15:38
Atualizado em:
30 de novembro de 2022 17:57:48
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Na manhã desta terça-feira, 27, os funcionários e pacientes presentes no Hospital Federal de Bonsucesso, na zona norte do Rio de Janeiro, viveram momentos de tensão e caos durante a retirada das pessoas após um incêndio em um dos prédios do complexo. O coordenador assistencial do hospital, Carlos César Assef, confirmou a morte de uma mulher de 42 anos, que estava em estado gravíssimo e com covid-19, durante a transferência.
A direção do Hospital Federal de Bonsucesso informou que a brigada de incêndio da unidade removeu cerca de 200 pacientes do prédio 1 para o prédio 2 até a chegada do Corpo de Bombeiros. Posteriormente, 52 pacientes foram transferidos para sete unidades de saúde diferentes, sendo que oito deles estão com covid-19 [quatro foram para o Hospital de Acari, e a outra metade para o CER (Coordenação de Emergência Regional) do Leblon], de acordo com os Bombeiros. Uma dessas pessoas com covid-19 acabou morrendo na remoção.
[caption id="attachment_21502" align="aligncenter" width="1086"] Foto: O Globo[/caption]Ainda segundo a corporação, quatro pacientes foram levados para o Hospital de Campanha do RioCentro, na zona oeste, que havia sido fechado e foi reaberto nesta manhã para ajudar no socorro. O porta-voz dos Bombeiros, tenente-coronel Lauro Botto, informou que o incêndio persiste no prédio 1, mas a situação está controlada. "Até agora, o incêndio se mantém exclusivamente no prédio 1, não tivemos propagação para outros prédios. Tanto a estrutura quanto o funcionamento das outras unidades do hospital estão funcionando normalmente. A princípio a situação está controlada, mas estamos retirando os cilindros de oxigênio, porque sempre existe o risco de explosão", disse.
Segundo a técnica de enfermagem Tassiana Freitas, a situação foi crítica durante a evacuação. "Existem muitos pacientes críticos, graves que estão sendo atendidos agora no estacionamento do hospital. Não tem lugar para ligar os monitores", disse ela. "Tem pacientes que não sabemos aonde está, estão perdidos e estamos procurando, porque saímos todos juntos. Não tivemos recursos. Não tem mais ninguém no prédio 1, estamos esvaziando outros", afirmou.
Fonte: UOL