Coronavírus: atenção e cautela - Tatiana Munhoz
Publicado em:
29 de março de 2020 18:00:13
Atualizado em:
30 de novembro de 2022 17:56:19
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O número de casos positivos ao redor do mundo está em ritmo acelerado. Preocupação e incerteza sobre o assunto também atormenta. Apesar da maior quantidade de casos se localizar no continente europeu, segundo a OMS, todo o globo deve estar em alerta. Aos poucos, algumas respostas emergem, mas não são suficientes para acalmar os ânimos.
Mediante a tanta dubiedade, o posicionamento de autoridades globais em aplicar a ordem do distanciamento social é considerado de extrema importância para que os riscos de contaminação diminuam, embora todos ainda não saibam como agir exatamente perante essa nova e rara ameaça.
Essa crise tem posto à prova todo o sistema de saúde mundial. Os Estados Unidos preocupados se seus leitos serão suficientes; Inglaterra, França e Índia reforçando suas medidas restritivas de locomoção; helicópteros transportando pacientes para tratamento na Alemanha e Suíça. O Brasil, com o atual número de mortes, fica na segunda posição, atrás dos Estados Unidos, na classificação da OMS por região das Américas.
A diferença entre essa e outras pandemias é que, a qualquer hora e momento, temos sites confiáveis para verificação dos acontecimentos e, o mais importante, sabemos a origem do vírus, sua atuação, o grupo de risco e métodos de prevenção. Detalhes relevantes que nos sobrepõem sobre o que a humanidade enfrentou entre os anos 541 e 544 da D.C., quando fomos assolados pela praga de Justiniano, na região do Mediterrâneo, com uma estimativa de 30 a 50 milhões de vidas ceifadas.
A peste Negra também assustou entre 1343 e 1353, quando o surto registrou cerca de 75 a 150 milhões mortes, na EuroAsia. A famosa e temida gripe espanhola, causada pelo vírus H1N1, entre 1918 e 1919, foi um marco nas pandemias, infectando milhões de pessoas em todo o mundo.
Periodicamente, epidemias nos assolam como: Varíola, Cólera, Febre Amarela, Gripe Russa, HIV, Gripe Suína e Ebola entre outras.
Muito mais do que correr para os supermercados e esvaziar as prateleiras de papel higiênico, esse é o momento de exercer o senso de responsabilidade e cidadania informando-se de como prevenir-se e ser realista diante dos fatos, deixando o sensacionalismo de fora .
Não será fácil equilibrar a balança como: proteger nossa saúde, minimizar o revés econômico, implementar o isolamento social e ainda respeitar os direitos humanos. Mas o fato é que precisamos reorganizar nossas prioridades.
A maioria dos casos globais ocorre por transmissões locais e o restante por casos importados. Devemos focar em cultivar o bom entendimento do que anda acontecendo e nas possíveis implicações que teremos se não nos prevenirmos.
Uma comunidade que tem valores demonstra a responsabilidade com seus integrantes durante uma crise.