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Água: cobram conscientização, mas aceitam desperdício - por Edison Pires

Publicado em:
28 de novembro de 2025 às 21:33:00
Água: cobram conscientização, mas aceitam desperdício - por Edison Pires
Divulgação
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Você sabia que 40,31% de toda a água tratada no Brasil e que deveria chegar às casas dos brasileiros é desperdiçada? Sim, 40% de toda a água coletada e tratada é perdida, jogada fora.

Essa notícia foi divulgada no Dia do Rio (24 de novembro) pelo Instituto Trata Brasil (ITB), organização da sociedade civil que busca a universalização do saneamento no país, em parceria com a consultoria GO Associados, publica o “Estudo de Perdas de Água 2025 (SINISA, 2023): Desafios na Eficiência do Saneamento Básico no Brasil”, que procura expor o grande problema ambiental, econômico e social da ineficiência no controle de perdas de água em nosso país.

“Em meio ao avanço das mudanças climáticas e ao agravamento das secas e dos eventos extremos, o país desperdiça 40,31% da água tratada antes mesmo que ela chegue às torneiras. Levantamento mostra que as perdas nas redes somam 5,8 bilhões de m³ por ano — volume que poderia abastecer cerca de 50 milhões de pessoas — e expõem a fragilidade dos rios e mananciais em um cenário ambiental cada vez mais crítico”, diz o documento. “Esses desperdícios trazem impactos negativos ao meio ambiente, à receita e aos custos de produção das empresas, o que deixa mais caro o sistema como um todo, prejudicando, em última instância, todos os usuários”, complementa.

Eu não sabia, mas no Brasil, a definição de nível aceitável de perdas de água foi definida pela Portaria 490/2021, do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), que indica que para um município contar com níveis excelentes de perdas, deve ter no máximo 25% em perdas na distribuição e 216 L/ligação/dia até 2034.

Quer dizer, perder ¼ de tudo o que é produzido e pago pela população é aceitável!

Não sei vocês, mas está ficando difícil acreditar que estamos avançando na luta para proteger a natureza. Enquanto o dinheiro falar mais alto não vão adiantar ações altruístas, não irão surtir efeitos desejados os apelos para que economizemos água e energia.

Cada vez mais deixamos de relaxar num banho gostoso, passamos a ficar com a casa numa penumbra por “conscientização” e, quando vemos que, mesmo assim, os recursos naturais estão se esgotando, ficamos até com peso na consciência e achando que realmente somos os culpados e não estamos fazendo o bastante. Mas, ao tomar conhecimento da realidade nua e crua, como foi exposta pelo Instituto Trata Brasil, percebemos o quanto somos enganados e manipulados.

Se diminuímos o consumo, as empresas aumentam a tarifa para não perder receita. Quer dizer, levamos uma vida cada vez mais regrada e acabamos pagando mais caro por isso.

E aí? Como confiar que estamos caminhando rumo a um futuro sustentável? Como acreditar que pequenas ações individuais farão diferença quando o sistema joga fora bilhões de litros de água tratada todos os anos e isso é tido como normal?

É, tá difícil!

Edison Pires

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