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Você decide - por Edison Pires

Publicado em:
19 de abril de 2024 às 18:53:00
Atualizado em:
24 de março de 2025 às 19:05:28
Você decide - por Edison Pires
Divulgação
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Uma das lições básicas que o administrador aprende, seja nos bancos da universidade ou ao longo do exercício da profissão, é administrar da melhor maneira possível o orçamento que lhe é disponível.

Em se tratando de empresa privada, onde o lucro é perseguido incessantemente, essa tarefa é desafiadora, uma vez que se tem que “brigar” pela manutenção das despesas sem perder a qualidade (do produto ou serviço) e, ainda, se manter em lugar de destaque no mercado consumidor. É um desafio enorme e diário, pois qualquer mudança, por menor que seja, pode (e vai) afetar a empresa como um todo.

Quando algo dá errado ou foge do controle e a empresa deixa de equilibrar seus ganhos com as despesas, inúmeras medidas devem ser adotadas para localizar o problema, neutraliza-lo e, daí sim, reparar os prejuízos. Não seguir esta regra básica, vai levar a empresa a continuar acumulando perdas até que seu caixa seque e ela não tenha mais como se manter sadia.

Vender algum bem para saldar dívidas deve ser visto como a alternativa derradeira, ou seja, o último recurso, e só depois de se ter eliminado a origem do problema. Apenas desfazer-se daquilo que se conquistou ao longo de anos de trabalho, nem sempre é a alternativa correta e muito menos a que vai evitar que os problemas se repitam.

Agora, quando se trata de administração pública, onde o lucro do trabalho não se vê no caixa e sim no bem-estar da população, manter esse equilíbrio é ainda mais difícil. Embora exista legislação que cobre o bom equilíbrio de gastos e arrecadação, muito se vê que a coisa não é tão simples assim. E quando o problema se torna uma bola de neve, o mau administrador entende que qualquer alternativa que o livre das garras da lei é uma “excelente” saída mesmo que a cidade, o Estado ou a Nação, continue perdendo bens valiosos e a população amargando prejuízos e perdas.

O acumular dívidas pagáveis não significa que o gestor – privado ou público - foi omisso ou deixou de realizar aquilo que lhe compete. Muito pelo contrário, ter dívidas compatíveis com o seu rendimento é sinal de avanço, de investimento e crescimento. A vida exige o “correr riscos”. O que não pode é gastar montanha de dinheiro com banalidades, comprometer investimentos e, quando for no setor público, deixar de realizar obras com qualidade e outras responsabilidades, apenas para gastar no que lhe convém.

E nesse meio político, a venda de áreas públicas surge como uma ótima alternativa. Um caminho fácil de arrecadar fundos e se livrar de enroscos.

Aproveitando a tecnologia, pedi à Inteligência Artificial que me mostrasse os prós e os contras da venda de área pública para o pagamento de dívidas acumuladas através da má gestão pública. O resultado foi interessante e compartilho alguns trechos com o amigo leitor, para que você tire suas próprias conclusões:

“Prós - Redução da Dívida: A venda da área pode fornecer fundos significativos para pagar parte ou toda a dívida acumulada, aliviando assim a pressão financeira e melhorando a saúde fiscal; Evitar Sanções Financeiras: Evitar penalidades financeiras associadas ao não pagamento da dívida, como juros crescentes, restrições de crédito ou até mesmo intervenção do governo central; Possibilidade de Investimento em Prioridades: Com a dívida reduzida, o gestor pode ter mais liberdade para investir em serviços públicos essenciais, infraestrutura, saúde, educação ou programas sociais. Atração de Investimento Privado: A venda da área pode atrair investidores privados que possam desenvolver projetos que gerem empregos, renda e crescimento econômico na região.

Contras - Perda de Patrimônio Público: A venda de uma área pública representa a perda de um recurso valioso que pertence à comunidade, e uma vez vendida, o órgão público não terá mais controle sobre seu uso futuro. Impacto no Desenvolvimento Urbano: Áreas públicas em locais privilegiados muitas vezes têm potencial para o desenvolvimento de espaços públicos, parques, áreas verdes ou infraestrutura urbana que beneficiariam a comunidade a longo prazo. Descontentamento da Comunidade: A decisão de vender uma área pública para pagar dívidas oriundas da má gestão, pode ser controversa e encontrar resistência por parte da população local, especialmente se a área for considerada um espaço comunitário valioso que possa render frutos à população. Risco de Má Administração Futura: Se a venda não for acompanhada por políticas robustas de gestão financeira e fiscal responsável, o órgão público pode enfrentar desafios semelhantes no futuro, resultando em ciclos contínuos de endividamento e venda de ativos públicos. Riscos de especulação imobiliária: A venda de uma área pública de excelente localização pode atrair investidores interessados em especulação imobiliária, o que poderia resultar em gentrificação, aumento dos preços dos imóveis e exclusão socioeconômica de comunidades locais.

Em resumo, a venda de uma área pública para pagar dívidas pode ser uma solução temporária para aliviar pressões financeiras imediatas, mas deve ser cuidadosamente considerada devido às suas implicações de longo prazo para a comunidade e para a administração pública”.

Aí estão os dois lados da mesma moeda! Você decide o que é melhor!

Edison Pires


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