Réus são condenados a 36 anos pela morte da menina Vitória Gabriely
Publicado em:
9 de novembro de 2021 às 23:33:15
Atualizado em:
24 de março de 2025 às 19:05:38
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Na noite desta terça-feira, 9, os jurados chegaram a um veredito e condenaram o casal acusado pela morte da jovem Vitória Gabriely a 36 anos de prisão, inicialmente em regime fechado. A sentença levou em consideração agravantes que aumentaram a pena dos réus.
Bruno Oliveira e Mayara Abrantes foram condenados por homicídio doloso, por meios torpes e ocultação de cadáver recebendo uma pena de 36 anos.
O julgamento dos réus durou mais de 36 horas. No primeiro dia, segunda-feira, 8, foram ouvidas testemunhas, sendo 4 de acusação e 10 de defesa, além dos réus. Bruno negou a participação no crime, enquanto Mayara permaneceu em silêncio e não respondeu aos questionamentos. Na terça-feira, foi realizada a fase de debates entre acusação e defesa. Foram mais de duas horas e meia para cada uma das partes. Em seguida o conselho de sentença - composto por quatro mulheres e três homens - se reuniu na sala secreta onde por intermédio de quesitos, que são perguntas feitas objetivamente aos jurados, declarou os réus culpados.
O crime O crime ocorreu no dia 8 de junho de 2018, quando Vitória, na época com 12 anos de idade, saiu para patinar no ginásio de esportes próximo a sua casa, no Jardim Brasil, em Araçariguama. Ela foi confundida por traficantes que cobravam uma dívida de drogas, no valor de R$ 7 mil, de um homem que tem uma filha com o mesmo nome. A garota foi levada e, após ser constatado o engano, os acusados resolveram matá-la. De acordo com a investigação, ela foi morta no mesmo dia. Seu corpo foi encontrado 8 dias após o sequestro. Ele estava amarrado a uma árvore com os pés e mãos atados. A garota foi morta por asfixia, provavelmente com um golpe conhecido como mata-leão. Três pessoas foram presas e indiciadas por homicídio doloso suspeitas de envolvimento no crime. Um quarto suspeito também foi preso e é investigado. O julgamento dele não foi marcado. O primeiro ser julgado e condenado foi o ajudante de pedreiro Júlio Cesar Ergesse que, após quase 11 horas de julgamento foi condenado a mais de 30 anos de prisão em regime fechado, mas a defesa dele entrou com uma apelação no Tribunal de Justiça de São Paulo para tentar um novo júri e anular a sentença afirmando que o mesmo não participou do assassinato da menina. A pena foi reduzida para 23 anos. O quarto suspeito foi preso quase um ano depois do crime e reconhecido por fotos por duas testemunhas. Odilan Alves, de 36 anos na época, morava em Itapevi e confessou que comandava o tráfico de drogas na região de Araçariguama, mas negou envolvimento na morte de Vitória. Odilan pode responder por tráfico de drogas, associação criminosa e também pela morte da menina. O julgamento ainda não foi marcado.