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Protesto de lideranças indígenas bloqueia Rodovia dos Bandeirantes em SP

Publicado em:
30 de maio de 2023 12:00:00
Atualizado em:
30 de maio de 2023 12:04:24
Protesto de lideranças indígenas bloqueia Rodovia dos Bandeirantes em SP
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Ato, organizado por comunidades Guarani da capital e do litoral paulista, é contra o PL 490, que pode inviabilizar demarcações de terras indígenas e enfraquecer a proteção de áreas já demarcadas. Rodovia foi interditada no km 20, sentido capital.

Um protesto bloqueia a Rodovia dos Bandeirantes, na altura do km 20, em Jaraguá, na Zona Norte da capital, na pista sentido São Paulo, na manhã desta terça-feira (30).

A manifestação, organizada por comunidades Guarani da capital e do litoral paulista, é contra o Projeto de Lei 490, de 2007, que teve urgência aprovada na última quarta-feira (24) e que pode ser votado nesta terça (30) pela Câmara dos Deputados.

Os indígenas atearam fogo na via para denunciar a proposta, que pode inviabilizar as demarcações de terras indígenas e enfraquecer a proteção de áreas já demarcadas.

Por volta das 7h30, os manifestantes liberaram parte da pista para motociclistas e ambulâncias passarem. Às 7h50, policias da Tropa de Choque estacionaram próximo ao local do bloqueio.

O que prevê o projeto de lei 490/2007?

O PL 490/2007 determina que são terras indígenas aquelas que estavam ocupadas pelos povos tradicionais em 5 de outubro de 1988. Ou seja: é necessária a comprovação da posse da terra no dia da promulgação da Constituição Federal.

Pela legislação atual, a demarcação exige a abertura de um processo administrativo dentro da Fundação Nacional do Índio (Funai), com criação de um relatório de identificação e delimitação feito por uma equipe multidisciplinar, que inclui um antropólogo. Não há necessidade de comprovação de posse em data específica.

Além da implementação do marco temporal, o texto também proíbe a ampliação de terras que já foram demarcadas previamente, independentemente dos critérios e da reivindicação por parte dos povos indígenas interessados.

Há, ainda, um ponto bastante criticado por organizações não-governamentais a respeito de um trecho do projeto que abriria espaço para uma flexibilização do contato com povos isolados, o que poderia causar um perigo social e de saúde às comunidades.


Fonte: G1 Globo

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