O baixo índice de imunização afeta a população de diversas formas - EDITORIAL

Para resolver esses desafios, é essencial que o sistema de saúde trabalhe na disponibilização adequada de vacinas, ao mesmo tempo em que realize esforços para educar o público, desmistificar informações falsas e reconstruir a confiança na eficácia e segurança das vacinas. Isso exige uma abordagem holística envolvendo autoridades de saúde, profissionais de saúde, mídia e comunidades para garantir que a imunização seja promovida de maneira eficaz e que as vacinas estejam disponíveis para todos que desejam recebê-las.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, a cobertura vacinal da população vem despencando ano a ano, chegando em 2021 com menos de 59% dos cidadãos imunizados. Em 2020, o índice era de 67% e em 2019, de 73%. O patamar preconizado pelo Ministério da Saúde é de 95%, percentual esse que está bem distante da realidade. A última campanha de vacinação contra a gripe que ocorreu este ano, por exemplo, encerrada no mês de maio, não alcançou 40% da população liberada para receber a dose: a partir dos 6 meses de idade.

A queda no número de vacinados tem inúmeros fatores. Além da baixa produção dos imunizantes, ainda existe a clássica percepção enganosa de parte da população de que não é preciso vacinar porque as doenças desapareceram. E nessa questão, a pergunta que fica é a seguinte: Será necessária a volta de alguns surtos de doenças graves para que a população se conscientize da importância da prevenção?

Além disso, como temos visto em Araçariguama, a desatualização da carteira vacinal de crianças tem gerado problemas fora da área da Saúde. Essa situação interfere diretamente, por exemplo, na Educação, onde, por determinação legal, o aluno para estar matriculado na rede de ensino do município deve estar com a Carteira de Vacinação em dia.

Então, como equalizar essa conta?