Fracasso do Palmeiras diante do São Paulo. Organizadas ironizam avião. Exigem contratações. E prometem atormentar Leila
Publicado em:
14 de julho de 2023 19:50:00
Atualizado em:
14 de julho de 2023 19:55:37
RONALDO BARRETO/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO
Crédito Imagem:
O Palmeiras foi eliminado pelo segundo ano consecutivo da Copa do Brasil pelo São Paulo. Clube que impõe a lei do silêncio pagou por não repor as contratações de Danilo e Scarpa. Abel implora reforços desde 2022
"Leila, faz um favor...
"Vende o avião e contrata jogador."
Assim que David colocou a bola na rede de Weverton, virando o clássico, e garantindo a classificação justíssima do São Paulo à semifinal da Copa do Brasil, com outra vitória por 2 a 1, as organizadas do Palmeiras passaram a cobrar a diretoria.
A eliminação dentro do Allianz Parque lotado demonstrou que tanta reclamação do clube contra a arbitragem, contra o "sistema" que impediria o Palmeiras de vencer outra vez o Brasileiro, foi apenas fumaça.
O silêncio imposto por Leila Pereira aos jogadores e ao treinador Abel Ferreira não encobriu a realidade.
O que acontece, de verdade, é que o Palmeiras paga pelo esgotamento do seu elenco.
A conquista do Campeonato Paulista enganou os tolos, precipitados, torcedores sem capacidade de enxergar além.
Nos últimos sete jogos, o Palmeiras venceu apenas um.
A saída de Danilo e a de Gustavo Scarpa não foram reparadas.
Os jogadores que chegaram ao lugar deles são muito inferiores tecnicamente.
Richard Rios se mostra apenas um volante esforçado, não onipresente como Danilo.
E Bruno Tabata fracassou de tal maneira que já foi negociado, por empréstimo, com o Qatar SC, clube do Oriente.
"Vergonha, vergonha, vergonha, diretoria sem vergonha" (coro da torcida).
Abel Ferreira cansou de pedir reforços à presidente Leila Pereira, no início da temporada.
Mas ela se deixou levar pelas conquistas do Brasileiro e do Paulista, em seguida.
E seguiu forte na filosofia de investidora.
Para não gastar, não investiu em jogadores formados, talentosos, que são caros.
Trouxe promessas ou atletas baratos.
E acreditou que a base do Palmeiras, atletas ainda em formação, resolveria a situação.
Ela não foi convencida por Abel Ferreira do tamanho das perdas de Danilo e Gustavo Scarpa. Fora a necessidade de um real "camisa 9", expressão que ela tanto odeia, pelas inúmeras vezes que ouviu.
Mas não mostrou competência para contratar um artilheiro.
"Não é mole, não. Libertadores não é mais que obrigação" (coro da torcida).
Conselheiros próximos a Leila também insistiam para que ela agisse, contratasse, se preocupasse menos com a briga jurídica com a WTorre e pensasse mais na equipe.
Leila tem no executivo Anderson Barros o seu escudo. Ele age de acordo com o que deseja a presidente. Levou o pedido de Abel Ferreira por reforços importantes, formados. Mas fez questão de repetir várias vezes a Leila que a base do Palmeiras hoje é a melhor da América do Sul. E é verdade.
Mas um clube que deseja se impor, conquistar de novo a Libertadores, sonhando com o inédito Mundial, precisa buscar jogadores vividos e que ofereçam a Abel a certeza de opções táticas confiáveis. E não apenas apostas.
A contratação de Artur foi um acerto, mas tardia para a Copa do Brasil. Ele já queria voltar a jogar no Palmeiras desde o fim do ano passado, mas a negociação com o Red Bull Bragantino só aconteceu depois do Paulista, quando ele já tinha atuado pelo time interiorano na Copa do Brasil.
Por: COSME RÍMOLI | Do R7