Caso Vitória Gabrielly: Saiu a condenação do último envolvido na morte da adolescente

Odilan foi o quarto e último réu indiciado a ser julgado por envolvimento no crime. Outras três pessoas também foram condenadas por participação no assassinato da adolescente. Vitória Gabrielly foi encontrada morta em uma área de mata após sair para andar de patins e ficar oito dias desaparecida. Ela foi assassinada por engano, segundo apurado pela polícia. Os traficantes buscavam outra menor cujo pai devia dinheiro para o tráfico e a confundiram. Ao perceberem o erro, optaram por matá-la, na intenção de não serem reconhecidos. O crime chocou o país. No período de buscas pela jovem, forças policiais de várias regiões do Estado participaram das operações. Houve comoção e a expectativa de localiza-la com vida diminuía a cada dia, até o desfecho final, quando seu corpo foi encontrado apoiado numa árvore, em trecho da Estrada de Aparecidinha, no bairro Caxambu, por volta de 13h. Segundo a perícia, a causa da morte foi asfixia, causada por um golpe conhecido como "mata-leão". 

Odilan foi condenado por homicídio (com quatro qualificadoras: motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e crime cometido para assegurar ocultação do sequestro anterior), sequestro e ocultação de cadáver. A pena deve ser cumprida em regime inicial fechado. Cabe recurso. Ele já cumpre 25 anos de prisão por penas somadas das comarcas de Itapevi e São Roque, por tráfico de drogas, associação criminosa, posse de arma e munição.

Emoção e Justiça

Bastante emocionados, os pais da garota Beto Vaz e Rosana Guimarães, falaram com a imprensa após o julgamento.

Beto contou que Vitória faria 18 anos, hoje, sexta-feira, 22, mas que, para ele e Rosana, ela continua tendo os mesmos 12 anos que tinha quando foi brutalmente assassinada. "Os áudios que nós temos guardados dela, as fotos... São de uma menina. A vida de todo mundo está seguindo, preso ou não. A nossa parou lá atrás. Tanto é que hoje a gente está revivendo esse momento. Então, é difícil, mas, ainda assim, a gente pode acreditar que há possibilidade de justiça nesse país, que as coisas ainda estão acontecendo. Enquanto família, não é uma cura, mas é um remédio", lamentou.

Rosana também disse que o resultado do júri popular de Odilan é "pequeno e indiferente", pois não trará a menina de volta.

Amanhã, sábado, dia 23, os pais pretendem fazer uma última homenagem à menina no ginásio de esportes onde ela foi vista pela última vez, andando de patins.