Apagão no AP chega ao 8º dia com luz 'parcelada' e improviso na rotina
Publicado em:
10 de novembro de 2020 às 17:12:24
Atualizado em:
24 de março de 2025 às 19:05:32
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Desde o último domingo, 8, e após cinco dias de apagão total, cerca de 90% da população do Amapá depende de um rodízio do fornecimento de energia elétrica. Oito dias após o início da crise no sistema energético, e ainda com falhas no fornecimento por turnos previsto pelo governo, moradores tentam adaptar a rotina para enfrentar períodos de até 12 horas sem luz.
O prazo definido pela Justiça para solução definitiva do problema termina nesta terça, 10, sob pena de multa de R$ 15 milhões. Dividida em dois turnos - de 0h às 6h e 12h às 18h ou de 6h às 12h e 18h às 0h - a retomada parcial do serviço, prevista para durar até o fim desta semana, impõe limitações ao trabalho dos amapaenses.
No Centro Comercial da capital, a maioria das lojas reabriu, mas o bocejar de vendedores e atendentes mostra que a alternância no fornecimento de eletricidade já prejudica o sono das pessoas. Muitos têm que acordar na madrugada para realizar tarefas que não puderam realizar durante o dia pela falta de luz.
"Passamos 5 dias sem energia, não tem luz, tenho duas crianças, e ficamos sem dormir porque tem muito mosquito", relatou o vendedor Antônio Lobato Gama, que ficou sem luz de 0h às 6h e começa a trabalhar de manhã. Por causa do calor, equipamentos como ventiladores e ar-condicionado são indispensáveis para garantir o conforto durante o sono, sem eles, a opção é abrir as janelas e enfrentar a invasão de insetos.
Além dos problemas no trabalho, a falta do serviço retarda as tarefas domésticas. Na capital, além de faltar luz, também não tem água . Tomar banho e lavar louças ou roupas exigem adaptações.
Fonte: G1