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A violência deve ser combatida com ações e participação de toda a sociedade! - EDITORIAL

Publicado em:
19 de outubro de 2024 às 15:00:00
Atualizado em:
18 de outubro de 2024 às 17:55:01
A violência deve ser combatida com ações e participação de toda a sociedade! - EDITORIAL
Divulgação
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Na semana marcada pelo julgamento de dois acusados da morte do jovem Kayron Felipe, que contava 16 anos de idade, o qual teve seu trágico fim numa emboscada armada por um outro jovem menor de idade - que já tinha em seu currículo ser o "chefe" de uma boca do tráfico -, contando nessa temerosa armadilha com a participação de uma garota, também com 16 anos de idade, a cidade de Araçariguama acordou na 2ª feira, 14, com a triste notícia da ocorrência de feminicídio, onde a esposa foi morta pelo seu marido com 12 facadas.

As causas e fatos que motivaram o crime, não justificam o ato de covardia contra a mulher. Como também a morte de Kayron não pode ser lembrada apenas como estatística, por tudo o que ela representa para a sociedade, principalmente a nossa.

Esses acontecimentos, separados por especificidades, convergem em um ponto comum: o ciclo alarmante de violência que permeia nossas vidas e que, infelizmente, se intensifica a cada ano em todo o Brasil. O assassinato de Kayron, choca não apenas pela frieza com que foi planejado, mas pelo simbolismo de um futuro interrompido e de um jovem perdido nas sombras da criminalidade, reforçando a dura realidade de que nossos adolescentes estão cada vez mais imersos em um ambiente de violência e marginalidade.

O feminicídio também não pode ser limitado a mais um número em uma estatística. Trata-se de uma vida tirada de maneira covarde, um reflexo de um problema estrutural que perpassa a sociedade como um todo. Não se pode normalizar o feminicídio, assim como não podemos aceitar que a morte de Kayron seja vista apenas como mais um episódio de violência juvenil.

A questão é mais profunda. A banalização dos motivos que levam a esses crimes assusta. O mais alarmante ainda é a crescente participação de jovens, muitos menores de idade, no mundo do crime. A falta de oportunidades, a desestruturação familiar e a presença constante da criminalidade nos lares e nas ruas são apontadas como fatores que empurram esses adolescentes para uma vida de crimes. Em busca de reconhecimento, de um status que a sociedade falha em oferecer, esses jovens se veem seduzidos pela ilusão de poder que a criminalidade aparentemente proporciona, ainda que isso leve à sua própria destruição.

A morte de Kayron e o feminicídio ocorrido em Araçariguama devem servir como marcos para uma reflexão mais profunda sobre o papel de todos nós na construção de uma sociedade mais justa, onde a vida, sobretudo a dos nossos jovens, seja valorizada e protegida.

A sociedade tem a obrigação de cobrar por políticas públicas e ações independentes, que venham mostrar que há outros caminhos a serem seguidos. E, tão importante quanto, é saber que não adianta apenas cobrar e sim, participar e se fazer presente!

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