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“O Padre lambeu e mordeu minha orelha” contou uma coroinha em carta entregue à policia

Publicado em:
3 de fevereiro de 2021 18:09:56
Atualizado em:
30 de novembro de 2022 17:56:08
“O Padre lambeu e mordeu minha orelha” contou uma coroinha em carta entregue à policia
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Com os novos relatos sobre supostas ações contra jovens, a situação do padre Omar, Pároco de Araçariguama, acusado de importunação sexual e afastado por medida cautelar pela Diocese de Osasco, vai ficando cada vez mais complicada. Embora ele tenha negado todas as acusações, os detalhes que começam vir a público, tornam os fatos difíceis de serem negados. Duas coroinhas de 17 anos detalham algumas das supostas ações cometidas pelo vigário, que era responsável pela Paróquia de Nossa Senhora da Penha.

A Polícia Civil relatou o caso à Justiça no fim de janeiro, depois de ouvir o pároco e as meninas envolvidas.

Em cartas escritas pelas adolescentes e assinadas por responsáveis, as quais o G1 – site de notícias da Globo - teve acesso com exclusividade, as jovens citam situações de aproximação do pároco e períodos de agressividade. As cartas foram entregues à Diocese e à Polícia Civil.

"Vinha com muita grudação e beijação, falando para mim que eu era uma moça linda, e ficava me abraçando e me beijando, então percebi que ele não estava ali como um padre e sim como um homem qualquer", escreveu.

“No último mês de setembro eu e mais uma coroinha após acabar a missa encontramos com o padre e, por educação, pedimos a bênção, mas ele simplesmente me puxou e lambeu minha orelha e, em seguida, mordeu. Depois desse acontecido fiquei em choque pelo que ele tinha feito. Mas pra mim eu achava que era apenas uma brincadeira, mas fui percebendo que ele estava agindo com maneiras muito diferentes com todos os coroinhas”, afirmou a menina, que se afastou na igreja após a situação.

“No dia 11 de outubro ele perguntou porque eu não tinha ido à missa. Falei que não estava bem, mas em seguida simplesmente ele ofereceu carona para mim, e eu não aceitei, mas mesmo assim ele falou o horário que ia me pegar. Eu tinha falado para ele que minha madrinha iria me buscar”

Já a outra adolescente, também de 17, escreveu que não tinha o costume de conversar com o padre e que não se sentiu confortável em uma suposta situação na igreja.

“Na última semana do mês de setembro, depois de uma missa, eu e mais uma coroinha estávamos saindo da sacristia pela porta que dá acesso à rua. No caminho, nós encontramos com o padre. Eu estendi a mão e pedi a benção a ele. Ele me puxou, abraçou e disse: ‘por que você é ruim comigo?’.”

“Logo em seguida ele mordeu minha orelha. Na hora eu me afastei em silêncio. Fiquei em choque, depois ele fez o mesmo ato com outra coroinha. Na época, eu encarei como uma ‘brincadeira’. A partir daquele dia eu não me senti segura dentro da igreja.”

Outro caso

Segundo o G1 apurou, uma ex-funcionária da igreja informou, em depoimento à polícia, que no fim do ano passado trabalhou no local e percebeu um comportamento agressivo do padre Omar dos Reis com coroinhas adolescentes, ministros e com ela, como puxar todos pelo braço.

Segundo o relato, o investigado chegou a acariciar seu braço e tentou beijá-la, porém ela alega que conseguiu sair de perto. Além disso, a jovem afirmou que, em outro dia, o pároco chegou por trás acariciando sua barriga enquanto ela lavava a louça.

A jovem também contou que ele já a pegou pelo cabelo, cheirou e ainda afirmou que não queria que ela ficasse bonita para outros homens. Com isso, após várias situações, decidiu se afastar do trabalho.

Investigação

Ainda segundo o G1, a Polícia Civil de Araçariguama ouviu o padre, que se apresentou acompanhado de um advogado. Ele negou as acusações da funcionária, assim como das adolescentes coroinhas. Contudo, foi afastado da igreja no fim do mês de janeiro.

O inquérito foi relatado à Justiça na sexta-feira, 29, e aguarda a manifestação do Ministério Público.

Em nota, anteriormente, a Diocese disse que “não pode informar porque não há dados conclusivos". Ao G1, o padre também negou as denúncias e afirmou que são acusações infundadas.

“Não as cometi. De modo que a interpretação de quem está denunciando talvez tenha outro propósito. Mas da minha parte eu estou consciente que nada fiz daquilo que está sendo acusado, de modo que eu estava há pouco tempo na paróquia e a gente teve a oportunidade, principalmente nesse tempo de pandemia, de tentar, em primeiro lugar, ressaltar o valor da religiosidade", afirmou.

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