É inaceitável que carretas transportando altas tonelagens tenham como única rota a porta de escola - EDITORIAL
Publicado em:
8 de julho de 2023 12:30:00
Atualizado em:
7 de julho de 2023 20:32:54
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Duas das principais atividades econômicas do município, que são a industrial e a extração de areia, exigem cada vez mais a atenção do setor público para o atendimento de uma de suas principais demandas, que é um setor viário apropriado para sua demanda.
Há muito, mas há muito mesmo, foi-se o tempo em que gigantes carretas e caminhões conseguiam dividir nossas estreitas ruas com o fluxo de carro leves, ônibus e pedestres. No tempo em que “se amarrava cachorro com salsicha”, essa poderia ser uma prática normal, afinal de contas o município estava em processo de formação e estudos mais aprofundados para solucionar problemas como esse, poderiam não encontrar o necessário respaldo para ocorrer por falta de recursos ou conhecimento.
Porém, o tempo passou, a cidade cresceu, a falta de um Plano Diretor permitiu a instalação de indústrias em áreas que seriam de expansão da cidade – inclusive próximo a área central -, o número de carros circulando por nossas ruas cresceu e o de pedestre também, e, ano após ano, não se vê nenhum tipo de proposta plausível para resolver um problema que diariamente coloca em risco a vida de nossos cidadãos.
É inaceitável que carretas transportando altas tonelagens de cargas tenham como única rota a porta de escola, de comércios e uma área densamente povoada como a Terra Baixa. Sem contar aquela subida e descida acentuadas que exigem o máximo de eficiência de motor e freio dos pesadões. Alguns motoristas afirmam temer aquele trecho porque não há o que fazer ou para onde desviar, caso o veículo entre em pane. É tragédia na certa!
Como se não bastasse, é difícil de acreditar que nossos governantes na época das obras de recuperação da conhecida Estrada do USERA, que dá acesso à Estrada dos Romeiros e à Pirapora do Bom Jesus, perderam a oportunidade de solicitar ao Estado senão a duplicação, mas no mínimo o seu alargamento, uma vez que já era sabido que o trânsito de carretas vinha intenso e só iria aumentar com a instalação de novos galpões logísticos e industriais, na região do Lavapés. Por esse motivo, o risco de acidentes é grande naquele pequeno trecho.
Isso sem dizer no trânsito de caminhões na região central que quase invadem residências, congestionam o trânsito e dificultam o tráfego normal.
Infelizmente os problemas nesse setor se acumulam há anos. É certo que outras áreas da Administração Pública Municipal também necessitam de atenção. Mas, isso não pode ser usado como escusa, uma vez que a nossa arrecadação é uma das mais consideráveis da região e o Executivo sempre contou com diversas Secretarias e Diretorias para atender as demandas da população.
Se o assunto não for levado à sério como deve, os problemas só tendem a crescer!