Ânimos acirrados - por Edison Pires

Não dá para negar que o clima está esquentando, principalmente nas redes sociais, onde o embate entre rivais políticos já está passando da "tiração de sarro" e brincadeiras, chegando a um nível mais rancoroso de rivalidade. Em alguns casos, nota-se que se chega ao campo pessoal! Tem grupo no WhatsApp com mais de 1.500 mensagens num único dia. É muita coisa. Agora, fico pensando com meus botões: "Como algumas pessoas conseguem encontrar tempo para passar o dia inteiro enviando e respondendo mensagens?", esse é um grande mistério.

E a situação só deve piorar, uma vez que a polarização da disputa favorece esse tipo de acirramento e facilmente coloca pessoas contra pessoas, numa situação que já vivenciamos quando da eleição para presidente do País. Familiares brigaram; amizades não resistiram às divergências políticas e, até hoje, é fácil encontrar resquícios daquele momento que em muito ultrapassou a barreira política.

Por aqui espera-se que os líderes políticos tenham consciência da necessidade de conter os ânimos acirrados de seus apoiadores, a fim de evitar danos maiores. Opinião e preferência são bem diferentes de radicalização e violência. E esses dois últimos ninguém deve incentivar!

Araçariguama sempre viveu um clima político diferenciado de toda a região. Aqui a disputa é sempre mais acirrada. "Um barril de pólvora pronto para estourar a qualquer momento". E é isso mesmo. Por ser uma cidade menor, onde as pessoas tem mais chance de se encontrar seguidas vezes e, no dia da eleição os locais de votação serem bem próximos, tudo isso cria um clima propício para desentendimentos.

O clima vai esquentando e a campanha, oficialmente, ainda nem começou. O que virá pela frente, em muito, vai depender dos exemplos que vêm de cima. Essa é uma questão importante!