Vacinação em massa: Escolhida pelo Butantã cidade vai participar de estudo sobre os efeitos da CoronaVac
Publicado em:
11 de fevereiro de 2021 às 17:56:27
Atualizado em:
30 de novembro de 2022 às 17:55:23
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A cidade de Serrana, no interior de São Paulo, próxima a região de Ribeirão Preto, será a primeira cidade do Brasil ter a população maior de 18 anos vacinada em massa contra a Covid-19. O Estado começou nesta quinta-feira, 11, a cadastrar os moradores que receberão a vacina. Serão usadas doses da CoronaVac, imunizante produzido pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. A vacinação está prevista para começar em 17 de fevereiro.
O anúncio do projeto elevou a procura por imóveis de pessoas interessadas em se mudar para a cidade com o objetivo de conseguir a vacina destinada ao estudo. Mas, justamente para evitar que isso aconteça, Serrana já havia sido mapeada por meio de um censo em parceria com o Instituto Butantan, o Hospital Estadual e a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU).
Segundo o Butantan, o objetivo é imunizar 30 mil voluntários entre os 45.644 moradores. Os lotes da vacina são exclusivos para o estudo e o uso deles não interfere na distribuição para as outras cidades, de acordo com o instituto.
"É importante que seja o máximo de pessoas possível e que sejam pessoas da cidade mesmo", afirma a médica infectologista Natasha Nicos Ferreira, integrante da equipe responsável pelo estudo.
Até quarta-feira, 10, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde, Serrana somava 2.401 casos de Covid-19 e 57 mortes por complicações da doença. O primeiro caso foi registrado em 3 de abril e o primeiro óbito em 22 de abril.
As informações são do site G1.
Podem participar da pesquisa como voluntário, todos os moradores com mais de 18 anos de idade, exceto gestantes e lactantes. A distância entre a primeira dose da vacina e a segunda é de 21 dias.
O motivo que levou o Instituo a escolher a cidade de Serrana, foi que no ano passado, a cidade realizou um inquérito sorológico, coordenado pela Prefeitura, para saber a prevalência do novo coronavírus na população. A segunda fase desse inquérito estimou que 10,6% dos 160 voluntários tinham sido infectados pelo novo coronavírus e que 2,5% estavam com a doença ativa, ou seja, em condições de transmitir para outras pessoas. O resultado chamou a atenção de pesquisadores, que agora querem fazer um novo acompanhamento.