São Roque recebe a visita das relíquias de Santa Teresinha do Menino Jesus
Publicado em:
19 de setembro de 2024 às 18:43:00
Atualizado em:
19 de setembro de 2024 às 18:44:10

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As relíquias de Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, a “maior santa dos tempos modernos”, como a definiu Pio X, estará em peregrinação na Diocese de Osasco e passará em São Roque de 20 a 22 de setembro.
É a terceira vez que as relíquias estão no Brasil, desta vez no âmbito do Jubileu dos 150 anos de seu nascimento (2 de janeiro de 1873) e nos 100 anos da sua beatificação (29 de abril de 1923), comemorados no ano passado.
As relíquias, que são fragmentos dos ossos da Padroeira das Missões, a ‘Santa das Rosas’, poderão ser veneradas no Centro Teresiano de Espiritualidade, na Paróquia São Roque, e na Paróquia São Luis Gonzaga
Confira a programação completa nas imagens ao final da matéria.
Papa Francisco
Entre os devotos de Santa Teresinha, semelhante aos seus predecessores, está o Papa Francisco. No voo de volta de sua viagem ao Brasil em 2013, ao ser interpelado por jornalistas sobre o que carregava na pasta preta que costumava levar nas suas viagens apostólicas, revelou tratar-se de um livro sobre Santa Teresinha.
As relíquias de Santa Teresinha, acompanhadas das relíquias dos pais, os santos Luís e Zélia Martin, canonizados pelo próprio Papa Francisco, em 18 de outubro de 2015, estiveram no Vaticano, durante a Audiência Geral do dia 7 de junho de 2023. Na ocasião, o Santo Padre prometeu dedicar uma exortação apostólica por ocasião dos 150 anos do nascimento da Padroeira das Missões, publicada no dia 15 de outubro do mesmo ano, com o título “C’est la confiance”, ou seja, “Só a confiança e nada mais do que a confiança tem de conduzir-nos ao Amor”.
Doutora da Igreja
Santa Teresinha nasceu em Alençon, na França, no dia 2 de janeiro de 1873. Seus pais, Luis e Zélia, agora santos, tiveram oito filhos, antes da caçula Teresinha. Quatro de seus irmãos morreram com pouca idade, e ela perdeu a mãe quando tinha apenas quatros anos, vítima de câncer.
As irmãs se tornaram freiras (Maria, Paulina, Leônia e Celina), e Teresinha também sentiu forte desejo de abraçar a vida religiosa, e com apenas 15 anos obteve a autorização do Papa Leão XIII para entrar no mosteiro das carmelitas, em Lisieux.
Aos 10 anos, ela fez uma experiência forte com Nossa Senhora, o que mudou completamente a sua vida. Ela viu a imagem de Nossa Senhora como nunca havia visto antes. A alegria tomou conta de seu ser, e todas as suas penas foram entregues a Mãe de Deus. Após essa visão, Santa Teresinha disse: “A Santíssima Virgem sorriu para mim, foi por causa das orações que eu tive a graça do sorriso da Rainha do Céu” (“História de uma alma”).
No Natal de 1883, aos 13 anos, teve uma experiência com o Menino Jesus que transformou sua vida no âmbito espiritual, e adotou o nome de Teresinha do Menino Jesus.
O seu lema de vida, a partir do momento que entrou no carmelo, foi rezar pela conversão dos pecadores e por todos os sacerdotes. Porém, trazia em seu coração o grande desejo de ser missionária e anunciar aos quatro cantos do mundo a boa nova do Evangelho. Até que entendeu que deveria rezar no carmelo pela missão de toda a Igreja, devido à impossibilidade de sair em missão. Logo após a sua morte, o Papa Pio XI a declarou Padroeira das Missões.
As carmelitas de hoje seguem o mesmo carisma de Santa Teresinha do Menino Jesus e, no mosteiro, rezam pela conversão dos pecadores e por toda a Igreja. Elas rezam e trabalham pela salvação das almas. Elas são madrinhas de oração dos sacerdotes, religiosos e seminaristas, intercedem junto a Deus por todas as vocações.
Santa Teresinha faleceu no dia 30 de setembro de 1897, aos 24 anos de idade, e suas últimas palavras foram: “Oh, Amo-O. Deus meu… amo-Vos!”. Após sua morte, foram publicados os inúmeros escritos deixados por ela que se tornaram conhecidos mundialmente. Dessa forma, cumpriu-se o seu desejo de que se espalhe pelo mundo chuva de rosas, de milagres e graças por todo o mundo. Sua beatificação aconteceu em 1923, sendo canonizada pelo Papa Pio XI, em 1925, que a chamava de “uma palavra de Deus”. O Papa João Paulo II a proclamou doutora da Igreja, no dia 19 de outubro de 1997.