São Roque e Ibiúna estão entre os municípios que registraram interrupção de energia por queimadas
Publicado em:
1 de outubro de 2020 às 11:05:18
Atualizado em:
24 de março de 2025 às 19:05:37
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Além de todos os danos ambientais que as queimadas vêm causando por todo o país nos últimos meses, essa prática também tem trazido transtorno para o fornecimento de energia em diversos municípios atendidos pela CPFL Piratininga. Um levantamento feito pelo Centro de Operações da distribuidora mostra que em 20 cidades da sua área de atuação tiveram interrupções causadas por queimadas. Os registros chegam a 79 casos entre os meses de junho e agosto de 2020. Na região, em São Roque foram registradas cinco interrupções e em Ibiúna, quatro.
“É importante a conscientização da população e dos produtores agrícolas, pois os incêndios sob a rede de distribuição de energia são, muitas vezes, causados pelo uso do fogo como método de poda de algumas plantações. O impacto das queimadas é maior ainda quando acontecem sob as linhas de transmissão, responsáveis pelo abastecimento de regiões inteiras”, alerta Pedro Paulo Derrico, gerente de Operações de Campo da CPFL Piratininga.
Das 27 cidades atendidas pela companhia, 20 delas, ou seja, 74% do total, tiveram clientes afetados pelos efeitos das queimadas na rede de transmissão e distribuição de energia. No ranking de municípios com mais interrupções entre junho e agosto, Santos é a campeã registrando 20 ocorrências. Sorocaba ocupa o segundo lugar com 7 casos, enquanto Jundiaí é o terceiro da lista com 6 registros. Confira o ranking completo abaixo:
INTERRUPÇÕES CAUSADAS POR QUEIMADAS |
|
CPFL PIRATININGA - JUNHO A AGOSTO DE 2020 |
|
MUNICÍPIO |
TOTAL |
SANTOS |
20 |
SOROCABA |
7 |
JUNDIAÍ |
6 |
PRAIA GRANDE |
5 |
SÃO ROQUE |
5 |
SÃO VICENTE |
5 |
IBIÚNA |
4 |
ITU |
4 |
PORTO FELIZ |
4 |
ARAÇOIABA DA SERRA |
3 |
INDAIATUBA |
3 |
SALTO |
3 |
Transtornos à população
Quando uma queimada é realizada sem a autorização dos órgãos ambientais competentes e de forma irresponsável, o fogo muitas vezes sai do controle e atinge áreas habitadas, de preservação e redes de transmissão e distribuição de energia. Nesses casos, o fornecimento fica prejudicado, causando transtornos aos clientes da CPFL Piratininga.
Nessas situações, o trabalho das equipes de manutenção da companhia fica dificultado por conta do fogo, que precisa ser combatido pelos bombeiros para que os trabalhos possam ser iniciados. Dependendo da queimada, esse combate às chamas pode levar horas, elevando ainda mais o tempo que a população fica sem energia e os eletricistas sem poder reparar a rede por motivos de segurança.
Diante da situação, a CPFL Piratininga realiza manobras em sua rede de distribuição, de forma a deixar a menor quantidade possível de unidades consumidoras afetadas. No entanto, quando as queimadas afetam áreas rurais, por exemplo, centenas de metros de rede precisam ser reconstruídos, com a substituição de postes, cabos e outros equipamentos danificados pelo fogo. Um trabalho complexo, que demanda acesso a lugares e terrenos não convencionais, maquinário pesado e colaboradores atuando em mais turnos para que a conclusão aconteça o quanto antes.
Por isso, a companhia realiza, por meio da campanha Guardião da Vida, a conscientização dos perigos de se realizar queimadas sem autorização ou de forma irresponsável, sem os devidos cuidados de segurança, principalmente em relação à rede elétrica. Também é importante que sempre que uma queimada for avistada, o Corpo de Bombeiros seja acionado para que sejam tomadas as providências de combate ao fogo o mais rápido possível.
Guardião da Vida.
Considerando o impacto do assunto para a população, seja na segurança, seja na qualidade do fornecimento de energia, o grupo CPFL Energia, por meio da campanha Guardião da Vida, incentiva a discussão sobre o tema, a fim de promover uma reflexão sobre as atitudes que poderiam ser evitadas, reduzindo transtornos e até salvando vidas.
O calor do fogo, mesmo quando não atinge diretamente os cabos elétricos, junto da fuligem levada pelo vento e grandes volumes de fumaça, também pode provocar curtos-circuitos ou rompimento de cabos, interrompendo o abastecimento de cidades inteiras. O ar quente gerado pode criar um campo ionizado, propiciando o fechamento de arcos elétricos* que desligam as linhas de eletricidade.