Por que esperaram tanto? - Por Edison Pires

E neste 1º de maio, ainda lembro a morte do nosso tricampeão Ayrton Senna, que sofreu aquele fatídico acidente há 30 anos no circuito de Ímola, na Itália.

Feitas estas considerações, vamos ao assunto principal da semana que não poderia ser outro, a não ser a passagem da romaria de São Roque pela nossa cidade.

Tenho alguns pontos a abordar. Primeiro, que se esperou tempo demais para tomar uma postura mais firme para coibir abusos por parte das pessoas que não respeitam nossa hospitalidade. Foram anos e anos de ocorrências que poderiam ter sido evitadas, como foram este ano. Por qual motivo não fizeram isso antes? Será que só agora descobriram o que deve ser feito para que a ordem esteja mais presente? Por isso, digo e repito: deveria ter eleição todos os anos. Dentro dessa hipótese, acredito que, assim, as coisas boas aparecem e o povo não precisa esperar 3 anos para ver atendidas suas necessidades e ter seus direitos respeitados. Viva a eleição! Viva seu efeito quase milagroso de fazer com que os problemas sejam resolvidos, os investimentos aconteçam, etc e tal! Dito isso, não posso deixar de cumprimentar aqueles que se postaram à frente de orientar e zelar para que a passagem da romaria ocorresse sem maiores problemas. Parabéns a todos os envolvidos nessa árdua tarefa.

Segundo ponto: achei exagerado o clima de terror que se plantou dias antes do evento. Parecia que a cidade seria invadida por bandidos e que nossas forças de segurança não dariam conta do recado. O que ficou provado o contrário. Quase subjugaram a capacidade dos profissionais da Segurança na tentativa de mostrar sei lá o quê, fizeram um circo danado, um absurdo! Até as aulas foram canceladas, fato que desde que estou na cidade não lembro ter ocorrido, aumentando o clima de medo e expectativa. Dá para imaginar, a partir de agora, o que esses alunos pensam da romaria de São Roque, generalizando a todos os participantes!

Sempre ouvi histórias sobre o que ocorria por aqui desde antes e logo após a emancipação, quando o controle da situação ficava mais nas mãos dos forasteiros e não na de nossas autoridades. Fiquei sabendo que amarravam cavalos no meio da praça, que entravam a cavalo nos bares e que praticamente a cidade ficava sitiada por pessoas que se diziam romeiros, mas que na verdade eram arruaceiros.

Soube também do "tratamento de choque" que foi dado para acabar com esse absurdo, onde um prefeito chegou a usar as próprias mãos para conter o vandalismo e botar ordem na casa. Porém, com o passar dos anos, tudo voltou a ser como era antes: sem nenhum controle.

Neste ano está um pouco diferente, e tirando o desnecessário clima de terror plantado, até agora (06h40 da manhã da quarta-feira, 1) tudo parece estar bem, graças a um empenho que não se viu em anos anteriores. Não vi notícias de tiros e de brigas como em outras passagens dessa romaria. Apenas reclamações de quem se sentiu prejudicado por algum motivo. Mas, violência, até o momento não aconteceu.

Vou torcer para que continue assim!

Edison Pires