Planejar o futuro deve ser pauta obrigatória nas discussões políticas nesta eleição - EDITORIAL

O eleitor mais atento à realidade local, sabe da necessidade de ver tal assunto sendo tratado por aqueles que estão se colocando como pré-candidatos ao Executivo e Legislativo, os quais terão a importante tarefa de tornar o município apto para atender as necessidades do cidadão no decorrer dos anos.

O tema se torna ainda mais importante a partir do momento em que pouco se viu avanços em setores chaves do município. Na Educação há escassez de vagas em creches, o que muitas vezes tira de uma mãe a oportunidade de trabalhar fora e contribuir com o orçamento doméstico. Na Saúde, a atual estrutura se mostra no limite da capacidade de absorver tantos pacientes, porém, o que mais afeta tão prioritário setor, é a qualidade do serviço prestado que reflete diretamente no atendimento - fato que tem gerado quase que diariamente inúmeras reclamações. A Mobilidade Urbana é outro problema grave que a cidade atravessa e, até agora, independente de possuir ou não legislação própria, pouco se viu em termos de melhorias. É certo que algumas pavimentações estão ocorrendo, e isso é muito bom, mas não se viu planejamento para que isso ocorresse de forma que as vias fossem preparadas para absorver um fluxo maior de trânsito, principalmente pesado, que é o que vem se desenhando graças a procura de investidores. Só a camada de asfalto não resolve o problema futuro.

O meio ambiente é outro fator importante. A possibilidade do surgimento de loteamentos clandestinos e ilegais que venham afetar áreas verdes e estratégicas para a manutenção de ecossistemas, além de causar outros problemas graves, inclusive no Social, tem sido uma constante preocupação por parte daqueles que sabem dos riscos que a cidade corre quando isso acontece.

Em se tratando da economia local, nota-se o crescimento da rede comercial, porém sem a importante e indispensável participação da associação comercial, a ACIPRESA, assunto que vem sendo evitado nas esferas superiores da política local, pois não se vê nenhum tipo de movimento a seu favor. O município tem dado certo apoio ao setor através de pasta própria, mas a importância de uma associação atuante é que fará toda a diferença. Fica a torcida para que as forças constituídas colaborem para afastar os problemas que a estão impedindo de operar.

E não se pode falar em futuro e planejamento sem contar com a formalização de um Plano Diretor. No ritmo em que a cidade cresce, beira a irresponsabilidade ainda não se ter em vigor algo tão importante para o ordenamento do município. Até agora só foram promessas, promessas e mais promessas.

Enfim, o que se espera sobre o planejamento da cidade para o futuro é que ele seja inclusivo, sustentável e tecnologicamente avançado, focando na qualidade de vida dos cidadãos garantindo que a cidade cresça de forma equilibrada e preparada para enfrentar os desafios que terá pela frente.

Sem planejamento não há futuro: tem-se apenas um dia após o outro!