
Pela primeira vez na história, o estado de São Paulo registrou um mês com mais óbitos do que nascimentos. De acordo com dados preliminares, uma vez que registros de abril ainda podem ser lançados, que constam no Portal da Transparência do Registro Civil, foram 44.087 óbitos e 41.407 nascimentos, diferença de mais de 2.5 mil óbitos a mais do que nascidos vivos.
O levantamento mostra que o fenômeno se repete na capital paulista, que teve 12.194 óbitos e 11.724 nascimentos, registrando também o primeiro mês com decréscimo populacional em sua história.
"Com o Portal da Transparência, a sociedade pode ter acesso aos dados em tempo real, auxiliando com a clareza das informações. E em tempos de pandemia, o site pode ser utilizado como forma de estruturar a evolução da Covid-19 nas regiões do País", comentou a presidente da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen/SP).
A queda na diferença entre os nascimentos e os óbitos no estado vinha ocorrendo de forma gradual ao longo dos anos, mas se acentuou de forma contundente com a pandemia da Covid-19. Em janeiro de 2020, esta diferença era de 25.113 registros de nascimentos a mais. Em julho do ano passado, caiu para 12.972, patamar que se manteve até março, quando diminuiu para apenas 1.867 registros, invertendo-se a pirâmide em abril, que passou a ter 2.680 óbitos a mais que nascidos vivos, fenômeno nunca antes registrado.
Na capital paulista, a realidade é semelhante. Em janeiro de 2020 eram 7.754 nascimentos a mais, que caíram para 3.987 em julho, elevando-se um pouco nos meses seguintes, mas caindo drasticamente em março, com apenas 445 nascimentos a mais. Em abril a pirâmide se inverteu e os óbitos superaram os nascimentos em 470 registros até esta sexta-feira,30.
Fonte-IG