Iniciativa, Proatividade e Cidadania - Tatiana Munhoz

Começo a entender, meio que lentamente, o porquê de tanto alvoroço na mídia, e consequentemente na mídia social, com absolutamente tudo o que acontece no cenário social e político, especialmente desde o início do ano. ​A geração milenar é muito auto confiante, consegue realizar várias tarefas ao mesmo tempo e tem grandes objetivos que, sem sombra de dúvida, são qualidades a serem lapidadas. Mas como anda o quesito de fazermos o bom uso dos direitos e responsabilidades civis? Nossas habilidades estão sendo aperfeiçoadas pacificamente, em forma de protesto consciente, ou em rebeldia? ​O sentimento de não sabermos o que dizer na hora em que os eventos acontecem, não diminui ou desmerece em nada a sua percepção de determinado assunto; pelo ao contrário, te faz ser proativo em buscar mais informações e desafios para que você cresça e se desenvolva. ​Mil vezes você se calar diante de algum fato momentâneo, do que expor idéias totalmente desordenadas e desalinhadas com uma democracia forte, que é o que todos queremos. Problemas sociais e políticos existiram no passado, existem e sempre irão existir. As autoridades em seus postos nacionais, estaduais ou municipais podem até escolher o tom do andamento de suas políticas, mas é o cidadão residente que tem a autenticidade legítima de definir o ambiente urbano em que vive. ​Hoje em dia as pessoas querem falar. Expressar suas idéias e convicções, mostrar ativismo, mas, muitas vezes, ser proativo é, na verdade, saber escutar o outro. É no outro que estão as grandes oportunidades de aprendizado e também muitos erros a serem observados e evitados. ​Queremos mudar o mundo baseado em resultados imediatos. Devemos sim sonhar grande, mas é na hora da prática que vemos que tudo o que falamos é muito para o nosso caminhãozinho. Menos palavras e mais ações. ​Uma democracia forte não pode ter medo de falhar. Não existe caminho rápido para o sucesso. ​O que está por aí são muitas pessoas com o comportamento reativo, geralmente, influenciadas pelos movimentos externos, fazendo o mínimo de esforço para que algo seja mudado. Já o proativismo é o oposto, considera e equilibra as opções e toma suas decisões baseadas em antecipar problemas, procurar soluções.

Se separarmos a palavra responsabilidade, responsa - abilidade, entenderemos que responder a um fato ou a uma circunstância requer habilidade.