Homem que furtou bola autografada por Neymar durante atos golpistas é preso em Sorocaba

O homem que furtou uma bola autografada por Neymar durante os atos golpistas ocorridos em Brasília (DF) no dia 8 de janeiro foi preso em Sorocaba na manhã desta sexta-feira (17), durante a oitava e maior fase da Operação Lesa Pátria.

A bola, que estava desaparecida desde a invasão ao Congresso Nacional, foi encontrada na Vila Jardini, em Sorocaba, no dia 28 de janeiro, quando Nelson Ribeiro Fonseca Junior, de 31 anos, entrou em contato com a Polícia Militar afirmando estar com a bola furtada durante o ato bolsonarista em Brasília e pedindo orientações sobre o que fazer com ela.

Na época, o morador disse à Polícia Federal que encontrou o objeto no chão e que pegou para devolvê-lo, mas não conseguiu entregá-lo aos policiais por causa do confronto e decidiu levá-lo para casa, para posteriormente apresentá-lo às autoridades. O homem ficou com a bola por 20 dias.

Nelson chegou a ser levado à delegacia da PF, onde foi ouvido e liberado. A bola autografada foi apreendida para perícia e será encaminhada para a unidade de Brasília, onde é feita a investigação da invasão aos prédios dos Três Poderes.

O objeto foi um presente da delegação de jogadores do Santos Futebol Clube ao deputado e ex-presidente da Câmara dos Deputados Marco Maia, em 10 de abril de 2012, por ocasião da sessão solene em comemoração ao centenário do clube.

Operação Lesa Pátria

Em todo o país, a Polícia Federal cumpre 46 mandados de busca e apreensão e 32 mandados de prisão. Na região de Jundiaí, a PF de Campinas deteve dois homens em Itatiba por suspeita de envolvimento nos ataques.

Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

294 seguem presos

Na quinta-feira (16), o Supremo Tribunal Federal informou que concluiu a análise das prisões de todos os suspeitos detidos nos dias seguintes aos atos de terrorismo na Esplanada dos Ministérios – seja em flagrante ou nas fases anteriores da Operação Lesa Pátria.

Relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes rejeitou os pedidos de liberdade de 86 mulheres e 208 homens que tiveram as condutas consideradas mais gravosas. Com isso, esses 294 suspeitos foram mantidos em prisão preventiva.

A maior parte desse grupo vai responder por crimes graves, como dano qualificado, abolição violenta do Estado de Direito e golpe de Estado.

Fonte: G1 Globo