top of page

Homem é preso no Quênia após confessar ter matado e desmembrado 42 mulheres

Publicado em:
16 de julho de 2024 21:15:00
Atualizado em:
16 de julho de 2024 21:09:18
Homem é preso no Quênia após confessar ter matado e desmembrado 42 mulheres
AFP
Crédito Imagem:

Primeira vítima do 'serial killer' teria sido a sua esposa

Um tribunal no Quênia ordenou nesta terça-feira (16) a  prisão de um homem que, segundo a polícia, confessou ter assassinado e  desmembrado 42 mulheres. Ele ficará detido por 30 dias, enquanto  prosseguem as investigações sobre o caso.

Collins Jumaisi Khalusha, 33 anos, descrito pela polícia como um  “vampiro, um psicopata”, foi preso na madrugada de segunda-feira após a  horrível descoberta de corpos mutilados num depósito de lixo de Nairóbi.

Ele  compareceu a um tribunal na capital queniana, onde o magistrado aprovou  um pedido da polícia para que ele fosse detido por 30 dias, para que  pudessem concluir a investigação.

Desde sexta-feira, 10 corpos femininos massacrados e amarrados em  sacos plásticos foram retirados de uma pedreira abandonada na favela de  Mukuru, em Nairóbi, segundo a Comissão Nacional de Direitos Humanos do  Quênia.

O chefe da Direção de Investigações Criminais (DCI, na sigla em  inglês), Mohamed Amin, disse na segunda-feira (15) que Kalusha confessou  ter assassinado 42 mulheres durante um período de dois anos a partir de  2022, e que a sua esposa foi a sua primeira vítima.

O DCI disse em comunicado nesta terça-feira que os investigadores  estavam detendo outras duas “pessoas de interesse”, uma das quais teria  sido encontrada com o telefone de uma das vítimas.


Pego 'atraindo outra vítima'

Kalusha foi detido na madrugada de segunda-feira perto de um bar onde  assistia ao jogo de futebol do Eurocopa, depois de agentes analisarem o  telefone de uma das suas alegadas vítimas.


Quando  os policiais atacaram, “ele estava atraindo outra vítima”, disse Amin  aos repórteres. “Estamos lidando com um vampiro, um psicopata”,  completou.

As terríveis descobertas foram feitas a apenas 100 metros de uma  delegacia de polícia, e os policiais foram transferidos para garantir  uma investigação imparcial, disse o chefe interino da polícia nacional,  Douglas Kanja, na segunda-feira.

A área – incluindo a casa de Kalusha, também a cerca de 100  metros de onde os corpos foram encontrados – permanecerá como “cena de  crime ativa”, disse Amin.

Os corpos abandonados chamaram a atenção da polícia queniana e  aumentaram a pressão sobre o presidente William Ruto, que já enfrenta  uma crise devido aos protestos que resultaram na morte de dezenas de  manifestantes e de agentes acusados ​​de uso excessivo de força.

A Comissão Nacional do Quênia sobre Direitos Humanos, financiada pelo  Estado, disse que estava realizando as suas próprias investigações  sobre o caso porque “é necessário descartar qualquer possibilidade de  execuções extrajudiciais”.

A Anistia Internacional disse que esteve diretamente envolvida na  recuperação de alguns dos corpos e enviou patologistas independentes  para assistir às autópsias das vítimas.

"Embora tenha ocorrido um crime de homicídio múltiplo, apenas a  conclusão destas autópsias confirmará a investigação em curso sobre o  autor destes assassinatos", disse à AFP Irungu Houghton, diretor  executivo da filial da Anistia no Quênia.

O órgão de vigilância da polícia do Quênia, a Autoridade Independente  de Supervisão da Polícia, também disse na sexta-feira que  estava investigando se havia qualquer envolvimento da polícia ou uma  "falha na acção para prevenir" as mortes.

A tensão aumentou na cena do crime durante o fim de semana, enquanto  os voluntários vasculhavam as vastas pilhas de lixo em busca de mais  vítimas e os policiais disparavam brevemente gás lacrimogêneo para  dispersar a multidão.

A polícia queniana é frequentemente acusada por grupos de defesa dos  direitos humanos de cometer homicídios ilegais ou de comandar esquadrões  de morte, mas poucos enfrentaram a justiça.


Fonte: ig.com

Leia Mais ...
bottom of page