top of page

Guardas presos em operação usavam tortura em ações de rotina, diz MP

Publicado em:
5 de agosto de 2022 20:13:04
Atualizado em:
30 de novembro de 2022 17:57:10
Guardas presos em operação usavam tortura em ações de rotina, diz MP
Crédito Imagem:

Guardas municipais são detidos durante operação em Sorocaba (SP) — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Guardas municipais são detidos durante operação em Sorocaba — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Os quatro guardas presos na manhã desta sexta-feira (5) são suspeitos de usar a tortura em ações de rotina, apontam as investigações do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP). A operação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão ligado ao MP.

Segundo as investigações, os guardas torturavam as pessoas abordadas para conseguirem informações com relação à drogas, dinheiros e o nome dos líderes do tráfico em bairros específicos da cidade.

Ainda de acordo com as investigações, uma das vítimas acabou procurando o Ministério Público alegando que havia sido torturado e levado para um galpão localizado na zona norte, onde teria sido duramente agredido com socos, chutes e pauladas.

Quatro guardas municipais são presos durante operação do Gaeco em Sorocaba

Ele precisou de atendimento médico, procurou o Instituto Médico Legal (IML), onde passou por exame de corpo de delito. O laudo comprovou as agressões. A partir disso, o MP e o Gaeco localizaram outras vítimas e identificaram os guardas presos na operação.

Foram 45 dias de investigação, inclusive, com escuta telefônica, que resultou na "Operação Pantera Negra", que investiga crime de tortura.

De acordo com os promotores, os presos participavam de crimes de tortura e entravam nas casas das pessoas, onde levavam objetos e até mesmo dinheiro.

Segundo apurado pela TV TEM, um dos suspeitos atua há mais de 20 anos na corporação. As prisões aconteceram na casa dos investigados e na base da Guarda Civil Municipal. Alguns deles estavam uniformizados quando chegaram ao Ministério Público.

Segundo a Polícia Civil e o Gaeco, todos os presos serão ouvidos e levados para detenção em Itatinga (SP). A operação tem apoio do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope) de São Paulo.

Os promotores também informaram que esta é a primeira fase da operação. Acredita-se que outras vítimas devem procurar o MP e que outros servidores da GCM estejam envolvidos nos crimes.

A Prefeitura de Sorocaba informou que a Guarda Civil Municipal e o Poder Público vão colaborar com tudo o que for possível, assim como vão tomar as medidas administrativas cabíveis.

Fonte: TV TEM G1

Leia Mais ...
bottom of page