Greve do IFSP paralisa aulas em toda a região
Publicado em:
9 de abril de 2024 às 21:20:00
Atualizado em:
9 de abril de 2024 às 21:20:37

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Paralisação por tempo indeterminado começou, na maior parte das unidades, na quarta (3). No entanto, unidades da região de Sorocaba aderiram à greve nesta segunda-feira (8).
Os servidores dos campi do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) de Sorocaba, São Roque e Salto (SP), aderiram à greve nacional nesta segunda-feira (8).
A paralisação por tempo indeterminado começou, na maior parte das unidades, na última quarta-feira (3). Os funcionários reivindicam reajuste salarial, reestruturação das carreiras, entre outras (entenda mais abaixo).
Confira, abaixo, a situação de cada campus da região:
São Roque
O campus de São Roque informou que respeita o direito constitucional da greve dos docentes e técnicos administrativos e que cada docente deverá informar às turmas sobre sua adesão ou não à greve.
"Diante deste contexto, a Direção-Geral informa que o calendário acadêmico será mantido, devendo ocorrer a reposição ao fim da greve, de acordo com o Termo de Acordo de Greve, assinado pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) e pela reitoria do IFSP.
No entanto, frente à incerteza do período de duração da greve, o calendário acadêmico poderá ser suspenso, conforme nova avaliação do cenário e diálogo com a comunidade", pontuou.
Ainda de acordo com a direção do campus, não haverá o fornecimento de lanches e refeições no restaurante estudantil durante o período de greve, mas os serviços essenciais, como auxílios, pagamento das bolsas em andamento e Programa de Auxílio Permanência, estágios e questões relacionadas ao seguro dos estudantes serão mantidos.
Sorocaba
No sábado (6), a diretoria do campus de Sorocaba informou que vai analisar a viabilidade de manutenção do calendário acadêmico, assim como os serviços essenciais, "mediante avaliação do cenário da greve" após segunda-feira (8).
Desde então, não houve nenhuma manifestação a respeito da paralisação.
Salto
A direção do campus de Salto informou que, assim como campus de São Roque, manterá as atividades essenciais, como auxílios, pagamentos das bolsas em andamento - Bolsa Ensino, Pesquisa e Extensão -, estágios e questões relacionadas ao seguro dos estudantes.
"Cada coordenador, ou o próprio professor, irá informar ás turmas quais as aulas que ocorrerão durante o período de greve", pontuou.
➡️Quais as reivindicações dos funcionários?
reestruturação das carreiras;
recomposição salarial;
revogação de normas relacionadas à educação que foram aprovadas nos governos Temer (2016-2018) e Bolsonaro (2019-2022), como o novo ensino médio;
reforço no orçamento das instituições de ensino e reajuste imediato de auxílios estudantis.
➡️O que diz o governo?
O Ministério da Gestão afirma que viabilizou, em 2023, um reajuste linear de 9% no salário dos servidores e de 43,6% no auxílio-alimentação. Segundo a pasta, foi o primeiro acordo firmado com as categorias nos últimos 8 anos.
Para 2024, o governo diz que apresentou uma proposta de:
elevar o auxílio-alimentação de R$ 658 para R$ 1 mil;
aumentar 51% dos recursos de assistência à saúde;
subir o auxílio-creche de R$ 321 para R$ 489,90.
Esses itens estão sendo debatidos com as entidades educacionais em mesas específicas, segundo o que o Ministério da Gestão disse ao g1. Um relatório final com o plano de reestruturação das carreiras será apresentado em 27 de março à ministra Esther Dweck.
O Sisasefe (sindicato nacional que representa os servidores) confirma que o diálogo dos sindicatos com o governo federal começou em junho de 2023, mas "o governo não mostrou um atendimento compatível às demandas da categoria até o momento".
"A partir da reunião de 18/12/2023, os servidores federais da Educação Profissional, Científica e Tecnológica passaram a debater a possibilidade de construir uma greve — a qual foi aprovada em 27/03 com deflagração para 03/04", afirma a entidade de trabalhadores.
Fonte: G1 TV TEM