Girl Power! - Ana Rafaela
Publicado em:
27 de agosto de 2019 às 14:57:10
Atualizado em:
24 de março de 2025 às 19:05:35
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Qual é o seu pensamento, leitor e leitora, sobre a luta pela igualdade de gênero? Lembro-me quando perguntei à minha avó, muitos anos atrás, o porquê de ela e as irmãs terem estudado só até a 4ª série. A resposta que recebi foi que a mulher não precisava estudar muito, já que suas funções eram apenas cuidar da casa e dos filhos. Naquela época era assim que as coisas funcionavam, mas não demorou muito para que começassem a mudar. Para se ter uma ideia, no Brasil, foi apenas em 1879 que as mulheres conquistaram o direito de cursar faculdade, em 1932 conseguiram o direito ao voto, em 1945 tiveram a igualdade de direitos reconhecida pelas Nações Unidas, só em 1960 que foram criadas e comercializadas as pílulas anticoncepcionais, em 2006 foi criada a Lei Maria da Penha, com o intuito de reconhecer e combater a violência doméstica, além de dar suporte para as vítimas e punir os agressores, e em 2015 a Lei do Feminicídio passa a classificar o assassinato de mulheres por razões da condição do sexo feminino como crime hediondo. Leitora, você já pensou que, se tivesse nascido a alguns séculos atrás (ou até mesmo a algumas décadas atrás), além de não ter o direito de estudar, de exercer sua cidadania, de escolher ter ou não um filho e de se defender contra a violência, você ainda teria de ser submissa à um marido que lhe diria as coisas que você poderia ou não fazer, as coisas que você deveria ou não fazer, que controlaria seu “direito” de ir e vir, e teria de aguentar tantas outras coisas que atualmente para nós são totalmente inacreditáveis e inaceitáveis? Para celebrar todas as conquistas femininas na sociedade e conscientizar as pessoas, principalmente as mulheres, de que a luta continua e que ainda há um longo caminho de desigualdades para se combater é que foi criado o Dia Internacional da Igualdade Feminina, comemorado em 26 de agosto. As mulheres ainda sofrem com salários menores para uma mesma função, violência e assédio, falta de segurança, divisão injusta de tarefas e funções, discriminação e preconceitos, entre tantas outras coisas enfrentadas diariamente. Tantas mulheres no passado lutaram, e algumas até deram a própria vida, para que pudéssemos ser livres, independentes, respeitadas e para que nossas vozes pudessem ser ouvidas hoje. Agora é a nossa vez de continuar lutando para garantir o que temos hoje e para realizarmos novas conquistas para nós mesmas e para as próximas gerações de mulheres no mundo todo. “Feminismo não é uma corrente de pensamento que é responsável por odiar os homens. Pelo contrário, ele tenta desafiar constantemente as absurdas distinções de gênero que as crianças aprendem desde a infância e levam consigo durante toda a vida adulta.” (Robert Webb).