Empreendimento oferece “ducha grátis” em dias de chuva!
Publicado em:
4 de março de 2023 15:00:00
Atualizado em:
3 de março de 2023 19:27:08
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Embora o período de chuvas seja bom e necessário, temos acompanhado que em alguns casos o excesso tem provocado problemas e tragédias, como a que ocorreu em São Sebastião, no litoral norte do Estado.
Mas, voltando a atenção um pouco mais para a nossa região, as chuvas intensas também têm gerado inconvenientes e prejuízos com água e lama invadindo casas e pontos comerciais; enxurradas danificando estradas e ruas, e, por aí adiante. Por sorte, nada comparável ao que ocorreu naquelas localidades praianas.
Além dos casos naturais que a chuva provoca, algumas pessoas conseguem potencializar os transtornos causados a terceiros. Muitas vezes por não perceberem o que estão fazendo ou, simplesmente, por não se importarem com o quê estão provocando, principalmente para aqueles que precisam transitar a pé pela cidade.
Na terça-feira, 27, no começo da tarde, voltando de São Paulo, uma chuva forte caia sobre Araçariguama. Era muita água. Logo na entrada, passando por aquele empreendimento novo com várias lojas, vi que o escoamento de água cai diretamente sobre a calçada. São pelo menos 5 canos direcionados para o espaço reservado a pedestres que, em razão de tanta água jorrando mais pareciam duchas. Além disso, pude observar também, que a calçada é estreita, uma vez que parte dela é gramada restando pouco espaço para as pessoas caminharem.
Na minha frente haviam dois carros. Percebi que diminuíram a velocidade repentinamente. Então, notei a presença de uma senhora com sua sombrinha tendo que sair da calçada e ir para o meio da rua, para não ser atingida por aquele absurdo de água jorrando da parede.
Só que o problema não são apenas os tuchos de água que jorram sobre o passeio obrigando as pessoas irem para o meio da rua e dividir espaço com carros e caminhões. É também a enxurrada que ela provoca, uma vez que o trecho ali é em forte descida e toda aquela aguaceira se junta com a que já está no asfalto vindo da parte alta da rua.
Pois bem, aquela senhora conseguiu se livrar das “duchas”, mas foi surpreendida pela força da água. Sem ter aonde se apoiar, se desequilibrou e quase caiu. Porém, ao conseguir ficar em pé, acabou perdendo uma de suas sandálias. Ela bem que tentou recuperá-la, mas a velocidade da água foi maior e o calçado foi levado e provavelmente acabou dentro de algum bueiro.
Olha, é impressionante a quantidade de água que sai daqueles buracos. É impossível que ninguém tenha notado que aquilo é de uma irracionalidade sem tamanho e acredito também, que não esteja dentro do permitido. Tudo bem que o empreendimento tem que dar escoamento à água da chuva, mas, joga-la para cima das pessoas, sem se preocupar com o que pode acontecer, chega a ser de uma crueldade medonha, além de irresponsável. Seria bom que, com chuva ou sem chuva, alguém desse uma olhada para decidir se aquilo pode continuar do jeito que está.
Continuando meu caminho até a empresa, notei outros casos semelhantes, mas nem perto do que aquele da entrada da cidade. Andar a pé está se tornando uma tarefa difícil e arriscada. Quando não são buracos ou desníveis nas calçadas (que surpreendem principalmente os mais idosos), são problemas como esses que colocam em risco a integridade das pessoas. Dá para notar que, dia a dia, o ser humano está seguindo o caminho do “cada um com seus problemas” e dane-se o resto.
Por sorte, o que não deixa a coisa desandar de vez, é que ainda restam regras a serem obedecidas. E um pouquinho de bom senso!
Edison Pires