Coronavírus: Após voluntário ter reação adversa, testes da vacina de Oxford são suspensos
Publicado em:
9 de setembro de 2020 às 14:21:19
Atualizado em:
30 de novembro de 2022 às 17:55:01
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De acordo com o anuncio feito pela empresa na noite desta terça-feira, 8, os testes da vacina contra a Covid-19 desenvolvida em conjunto pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca foram suspensos temporariamente.
A farmacêutica informou que o protocolo de segurança foi acionado após um dos voluntários no Reino Unido apresentar reação adversa que pode estar vinculada à vacina. A empresa não divulgou detalhes do caso, mas o jornal "The New York Times" informou que o paciente teve mielite transversa, uma síndrome inflamatória que afeta a medula espinhal.
A suspensão vale também para o Brasil, de acordo com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), uma das responsáveis pelo estudo no país. A Unifesp informou que 5 mil voluntários brasileiros já foram vacinados e que "não houve registro de intercorrências graves de saúde".
Segundo a AstraZeneca, o "procedimento padrão de revisão" dos estudos foi acionado e a vacinação foi pausada "voluntariamente para permitir a revisão dos dados de segurança por um comitê independente". Na mesma nota, a farmacêutica ainda ressaltou que trabalha na revisão do caso do paciente. "Em grandes ensaios, os eventos adversos acontecem por acaso, mas devem ser revistos de forma independente para verificar isso cuidadosamente. Estamos trabalhando para acelerar a revisão de um único evento para minimizar qualquer impacto potencial no cronograma do teste. Estamos comprometidos com a segurança de nossos participantes e os mais altos padrões de conduta em nossos testes", informou a farmacêutica
A vacina de Oxford/AstraZeneca é a principal aposta do Ministério da Saúde para imunizar a população. Ao todo, o Brasil prevê desembolsarR$ 1,9 bilhão com a vacina, sendo R$ 1,3 bilhão para pagamentos à farmacêutica, R$ 522,1 milhões para a produção das doses pela Fiocruz/Bio-Manguinhos e R$ 95,6 milhões para a absorção da tecnologia pela Fiocruz.
Com informações de G1.