Comprometimento é o caminho para combater a corrupção e a falta de liderança! - EDITORIAL
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15 de fevereiro de 2025 às 12:55:00

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O Brasil, um país rico em cultura, diversidade e potencial, enfrenta uma fase difícil que se reflete em sua posição no ranking global do Índice de Percepção da Corrupção (IPC), elaborado anualmente pela Transparência Internacional. A queda de 11 posições, passando da 96ª para a 107ª colocação em um total de 180 países, é um sinal alarmante de que a corrupção continua a corroer as bases da nossa sociedade.
Nos últimos dez anos, o Brasil viu sua reputação deteriorar-se de forma preocupante. Em 2012, o país estava empatado com nações da União Europeia, como Itália e Grécia, em termos de percepção de corrupção. Hoje, recuamos 38 posições e nos encontramos ao lado de países como Argélia, Nepal, Tailândia e Turquia. Essa queda não é apenas numérica; ela representa uma perda de confiança nas instituições e na governança.
O IPC é um indicador crucial que agrega dados de acadêmicos, juristas e empresários sobre a corrupção no setor público. As notas variam de zero a 100, e quanto maior a nota, maior a percepção de integridade. O Brasil, que já alcançou 43 pontos em 2012 e 2014, viu sua nota despencar para 34 em 2024. Essa trajetória descendente é acompanhada por uma série de fatores que merecem atenção.
A Transparência Internacional destacou, em seu último relatório, dez pontos negativos que evidenciam a gravidade da situação. O "silêncio reiterado" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a pauta anticorrupção é um dos principais pontos de crítica. Além disso, a repactuação dos acordos de leniência com empresas envolvidas na Operação Lava Jato e o descontrole das emendas parlamentares são questões que não podem ser ignoradas. A aprovação da PEC da Anistia, que parece favorecer partidos políticos, e a falta de transparência do Novo PAC também são preocupações que afetam a percepção pública.
Enquanto isso, os melhores colocados no índice, como Dinamarca, Finlândia e Cingapura, mostram que é possível ter um governo transparente e íntegro. Em contraste, os países que ocupam as últimas posições, como Sudão do Sul e Somália, nos lembram do que está em jogo.
Diante desse quadro internacional, é inegável que o Brasil está mostrando uma face que não lhe pertence. A corrupção não é apenas um problema de governança; é uma questão que afeta a vida de todos os cidadãos. Para reverter essa situação, é fundamental que haja um compromisso genuíno com a transparência e a integridade, tanto por parte dos governantes quanto da sociedade civil. Somente assim poderemos recuperar a confiança e a dignidade que o Brasil merece.


















