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Casos de pedras nos rins crescem em média 30% durante o verão

Publicado em:
9 de março de 2023 às 20:00:00
Atualizado em:
24 de março de 2025 às 19:05:30
Casos de pedras nos rins crescem em média 30% durante o verão
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Médico urologista alerta para importância da hidratação na estação mais quente do ano

O verão é a época do ano em que mais é preciso tomar precauções, principalmente quando falamos de saúde de um modo geral, devido às altas temperaturas da estação. Preocupada com os termômetros subindo ano após ano, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) faz um alerta à população sobre os riscos e as maneiras de prevenir a formação de pedras nos rins.

Afinal, segundo a última pesquisa feita pela própria SBU, no verão a incidência de pedras nos rins aumenta 30% em comparação com outras épocas do ano. E qual o motivo? O médico urologista Heleno Diegues Paes explica:

“Com a temperatura mais quente, as pessoas perdem mais líquido pela transpiração e pela respiração e tendem a ficar com a urina mais amarelada. Esta urina mais concentrada leva a saturação de alguns sais presentes na urina que precipitam para a forma sólida, formando cálculos. Portanto, a desidratação causada pelo calor e pela má hidratação, em pessoas propensas, leva a formação dos cálculos”.

Portanto, o que importa é ter uma boa hidratação e, por isso, quem bebe pouca água pode desenvolver cálculos em qualquer temperatura. A associação entre cálculos e as estações do ano pode não ser verdadeira em lugares em que a temperatura é elevada no inverno, como nas regiões Norte e Nordeste. Dr Heleno reforça que pessoas com propensão a formar cálculos devem ter atenção redobrada com a hidratação nas épocas quentes do ano.

“A quantidade de líquido irá variar de acordo com o consumo de água pelo corpo, tendo em vista que somente o excedente irá ser eliminado na urina. Atletas, por exemplo, consomem muita água durante a atividade muscular, necessitando de uma hidratação muito maior. Assim como trabalhadores de ambientes quentes como na siderurgia ou na construção civil. Já quem exerce atividades intelectuais em ambiente refrigerado, cerca de 2 a 3 litros seriam suficientes”.

O urologista dá ainda, uma boa dica para estar atento e prevenir a formação de pedras nos rins. “Considero a coloração da urina um bom termômetro para saber se a hidratação está adequada. Formadores de cálculo precisam manter a urina próximo ao transparente”.

Além da má hidratação, o consumo elevado de sódio, presente no sal de cozinha, dietas hiperproteicas, obesidade e sedentarismo, ácido úrico elevado no sangue, ter infecções urinárias com frequência e pessoas com doenças no aparelho urinário que dificultem o adequado esvaziamento vesical são outros fatores que aumentam o risco de formar esses cálculos.

Como a maioria das pessoas portadoras de cálculos é assintomática e só descobre o problema em exames rotineiros ou quando tem uma cólica de rim, é preciso prevenir. Dr. Heleno diz que as melhores maneiras para evitar o problema são manter a boa hidratação, reduzir a ingesta de sódio, ingerir frutas cítricas, manter peso adequado e realizar atividade física rotineiramente.

Agora, quem descobrir que está com uma pedra no rim, deverá procurar um especialista para determinar a melhor maneira de resolver o problema. “Existem tipos de tratamento específicos para cada caso”, comenta o urologista.

“Pode ser apenas com observação para cálculos pequenos, que são passíveis de serem eliminados espontaneamente, pode ser através da litotripsia extracorpórea, onde tenta-se fragmentar o cálculo em fragmentos pequenos para serem eliminados; ou então com cirurgias, onde os cálculos são acessados através de câmeras e fragmentados com auxílio do laser”.

Sobre Heleno Paes

Santista de nascimento e criação, começou a se interessar pela medicina no final do ensino médio, quando precisou socorrer um amigo com cólica renal. Posteriormente esteve em uma excursão promovida pela escola para ajudar os estudantes a escolher a profissão, e conheceu a faculdade de medicina da USP. Ficou maravilhado com o estudo do corpo humano, com as peças do laboratório de patologia, e decidiu que era isso que queria fazer. Assim, ingressou na Faculdade de Medicina do Centro Universitário Lusíada, em Santos, em 1997.

Após seis anos, concluiu a graduação e se alistou no Exército. Foi para a Amazônia à serviço do Exército e realizou diversos trabalhos junto à população carente local. Após um ano, regressou e foi morar em São Paulo, onde se especializou em cirurgia geral no Hospital Municipal do Tatuapé, depois em Urologia no Hospital Santa Marcelina e, por fim, em Transplante Renal na mesma instituição.

Nesse período, fez cursos em microcirurgia, videolaparoscopia e outros relevantes para sua formação. Atualmente, atua como médico assistente das subespecialidades Uro-oncologia e Transplante Renal do Hospital Santa Marcelina, o maior hospital da Zona Leste de São Paulo. É também preceptor do internato médico e da residência médica e dá aulas na Faculdade de Medicina Santa Marcelina. Em Santos, pratica a medicina em seu consultório, onde dedica todos os esforços e conhecimento para cuidar de seus pacientes.

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