Caso Heloá: vizinho que estuprou e matou a menina de 11 anos vai a júri popular
Publicado em:
27 de maio de 2021 17:29:05
Atualizado em:
30 de novembro de 2022 17:56:04
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Heloá desapareceu em 19 de dezembro de 2019 e seu corpo foi encontrado dias depois . O advogado de defesa, Éder Fresneda, falou sobre a decisão do juiz. A data do julgamento ainda será definida.
“Diante da hipótese de confissão do réu Elivelton acerca do fato delituoso, a defesa técnica do acusado não irá recorrer da decisão que determinou o julgamento perante o Tribunal do Júri de Piedade. Contudo, entendo não ser caso de crime de homicídio, mas sim do crime autônomo de estupro seguido pelo resultado morte”, disse.
Elivelton confessou o crime durante a audiência. A polícia e parentes dele também foram ouvidos.
"[O] pai dela [Heloá] saiu para trabalhar. Eu fiz o uso de droga e entrei lá [na casa da vítima] e fiz isso. Usei crack, cocaína e bebida alcoólica antes. Sabia que [o pai da Heloá] ia receber dinheiro. Matei porque estuprei e acabei cometendo essa loucura. Se pudesse voltar atrás eu jamais teria feito isso. Todo dia me arrependo", disse Elivelton à juíza.
Se condenado por todas as acusações, a pena de Elivelton pode chegar até 39 anos. O caso segue em segredo de Justiça.
Em julho de 2020, a Justiça negou o pedido da defesa para que fosse feito um exame para determinar a sanidade mental do jovem. Mesmo com a tentativa de instauração de incidente de insanidade mental do réu, a Justiça entendeu que nada nos autos indica que Elivelton tenha algum problema.
Relembre o Caso
Neste dia, com o desaparecimento da menina, o réu se dispôs a supostamente ajudar a família a encontrá-la. Ele decidiu fugir quando soube que a polícia passaria a usar cães farejadores nas buscas.
O corpo de Heloá foi achado em 21 de dezembro, dois dias depois do seu desaparecimento, coberto por pedaços de madeira, enrolado em um cobertor e um lençol, dentro de uma fossa, nos fundos da casa dela.
A garota estava seminua, apenas com a camiseta. A calça e a calcinha estavam ao lado do corpo. A investigação solicitou exames para constatar o abuso sexual, mas o estado de decomposição do corpo não permitiu uma conclusão. Elivelton disse que limpou as manchas de sangue que estavam no quarto dele e queimou as roupas que usava no dia.
Elivelton foi preso no dia 14 de fevereiro de 2020, na estrada que liga Tapiraí (SP) a Pilar do Sul (SP), dois meses depois do desaparecimento da menina.