Ajuda de amigos de Luara foi fundamental para localizar o assassino confesso
Publicado em:
23 de agosto de 2020 às 16:06:22
Atualizado em:
30 de novembro de 2022 às 17:57:37
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O final trágico do caso Luara foi marcado por acontecimentos que colaboraram para que o crime fosse esclarecido rapidamente após a descoberta do corpo. Após um longo período de dúvidas e angustias com o desaparecimento da trans Luara Redfield, de 23 anos, quando familiares e amigos buscavam desesperadamente por informações que apontassem o que aconteceu com a jovem, seu corpo foi encontrado na tarde do sábado, 22, às margens da Avenida Amilton Leite, principal via de acesso ao bairro Jardim Vitória, região que fica atrás do Pronto Atendimento de Mairinque, bairro onde a jovem morava. Parte do corpo estava coberto por mato.
[caption id="attachment_16129" align="aligncenter" width="720"] Familiares em frente ao hotel onde o namorado foi preso neste sábado, 23.[/caption]Tão perto de casa, o corpo foi encontrado por uma comerciante que decidiu verificar o que exalava cheiro tão forte em meio a vegetação à poucos metros da avenida . Para sua surpresa, se tratava do corpo de uma mulher. A polícia foi acionada e o pai de Luara reconheceu o corpo pelas roupas e uma tatuagem no peito. Segundo informações, o rosto da vítima estava bastante machucado devido à decomposição do corpo e também por ter sido agredido antes de sua morte.
O corpo de Luara foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) de Sorocaba e será encaminhado por uma empresa funerária de Mairinque até São Paulo. O sepultamento será no Cemitério Quarta Parada, por volta das 13h, deste domingo. De acordo com a funerária, apesar da família morar em Mairinque, Luara será enterrada na capital paulista por opção dos parentes, onde há a sepultura da avó da jovem.
Prisão
[caption id="attachment_16128" align="aligncenter" width="531"] Jonathan em frente ao hotel na região central de São Roque antes de ser levado pela Polícia[/caption]Desde o desaparecimento da jovem, familiares e amigos desconfiavam que o namorado dela, Jonathan Richard Moreira, 18 anos, poderia ter algum envolvimento no caso. O casal foi visto pela última vez, na noite de 10 de agosto, na Praça Kiko e Chico, em Mairinque.
O rapaz foi chamado para prestar depoimentos na Delegacia da cidade mais de uma vez, porém sempre negou participação e contou que voltou sozinho para cidade de Itapevi, onde reside. Porém, os amigos de Luara e familiares que conversaram com ele durante o período em que a jovem estava desaparecida, perceberam que ele apresentava versões diferentes a cada resposta, se contradizendo constantemente.
Assim que souberam da localização do corpo passaram a procurar pelo suspeito. Trocando informações e seguindo os últimos passos do suspeito, o grupo acabou por descobrir seu paradeiro, contribuindo de forma decisiva com polícia que se empenhava na investigação do caso.
Ele foi encontrado hospedado em um hotel da Avenida Tiradentes, no Largo dos Mendes, na cidade de São Roque. De acordo com o setor policial, em ligação Jonathan contou a uma pessoa que estava no local.
Diante da situação, o grupo iniciou uma manifestação em frente ao prédio. A PM foi acionada para dar apoio à ocorrência e o local foi cercado e isolado.
[embed]https://www.facebook.com/emilyidalgooficial/videos/2675025069386052/[/embed]Vídeo: Facebook
Tamanha movimentação chamou a atenção de curiosos que passaram a acompanhar o que acontecia. O grupo de amigos se manifestava pedindo por Justiça. Minutos depois o suspeito foi retirado do hotel algemado e colocado em uma viatura da PM. Gritos de assassino e covarde foram ouvidos. Imagens de celular gravaram toda a movimentação.
Confissão
Jonathan foi levado para a Delegacia de Polícia de Mairinque. Durante interrogatório que só terminou por volta das 23h00, ele confessou o crime. Disse que matou a jovem após uma discussão. Contou detalhes do que ocorreu. O casal voltava a pé para a casa da vítima já de madrugada e discutia muito. Logo após o pontilhão da Avenida Amilton Leite, ele decidiu pôr um fim ao relacionamento. Então, a agarrou pelo pescoço e a enforcou com as mãos até a morte. Depois arrastou o corpo para o mato e foi para casa, em Itapevi.
Ele foi preso e encaminhado à Cadeia de São Roque após a polícia pedir à Justiça a prisão temporária.