Adolescente de Sorocaba é dono de um dos perfis do ‘Homem Pateta’, afirma Polícia Civil
Publicado em:
17 de julho de 2020 às 16:36:18
Atualizado em:
24 de março de 2025 às 19:05:43
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A Polícia Civil de São Paulo realizou, na última sexta-feira, 10, uma operação para cumprir mandado de busca e apreensão na casa de um adolescente de Sorocaba que seria o criador de um perfil do chamado "Homem Pateta", que propõe desafios para crianças relacionados à automutilação e ao suicídio.
A informação da operação foi divulgada nesta segunda-feira, 13, pelas autoridades. Como os outros perfis que utilizam a imagem macabra de um homem vestido do personagem da Disney, a conta usava o nome fictício de "Jonathan Galindo". Desde junho ao menos três estados registraram casos relacionados ao "Homem Pateta".
As polícias de Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, além de São Paulo, estão cientes e emitindo alertas sobre o caso, que envolve perfis que propõem os desafios para crianças. O adolescente, que não teve nome e idade divulgados, confessou que enviava mensagens do perfil e disse que se tratava "apenas de uma brincadeira". A polícia apreendeu seu celular e uma perícia será realizada no aparelho. O inquérito corre na Delegacia Seccional de Sorocaba.
A investigação será enviada à Vara da Infância e Juventude e o adolescente poderá responder por atos infracionais (menores de 18 anos são inimputáveis no país) como ameaça e instigação ao suicídio. "A investigação realizada demonstra que não existe anonimato na internet e reforça que a Polícia Civil é o filtro permanente da justiça e da legalidade", diz a polícia em nota.
O caso O caso do "Homem Pateta" relembra outras situações que repercutiram muito na internet, como o caso da Baleia Azul ou da Boneca Momo. São perfis que instigam crianças e adolescentes, por meio de "desafios", à automutilação e, por vezes, ao pensamento suicida.
Os perfis com o nome Jonathan Galindo e uma imagem de um homem vestido de Pateta passaram a se multiplicar nas redes (hoje, há menos perfis e alguns de protesto contra a sua atuação, como o "jonathangalindoresistance"), em especial no Facebook e no Instagram. Algumas dessas páginas têm conteúdo em português. Houve relatos de mães que viram seus filhos ou familiares crianças dialogando com perfis com a fotografia assustadora.
Fonte: UOL NOTÍCIAS