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A era em que o QI está ladeira abaixo! - por Edison Pires

Publicado em:
4 de dezembro de 2022 às 00:09:37
Atualizado em:
24 de dezembro de 2022 às 10:59:23
A era em que o QI está ladeira abaixo! - por Edison Pires
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A era em que o QI está ladeira abaixo! Nesta semana quero falar um pouco sobre as novas gerações e os desafios que, tanto elas como as nossas têm pela frente. Uma realidade que vem preocupando pais, responsáveis e profissionais que diariamente trabalham ou se relacionam com os jovens. Porém, antes, gostaria de destacar algo também importante. Estou preparando um texto sobre a atuação das administrações municipais de Araçariguama no período pós-emancipação para ser publicado em breve. Para isso, tenho utilizado os preciosos arquivos do jornal GAZETA de Araçariguama, aqueles “livrões” que valem ouro. E tenho constatado algo que me surpreendeu e, que talvez, me faça tratar o mesmo tema, mas com uma abordagem um pouco diferente. Só vou dar uma dica: “tem gente que, por não querer entrar para a história, deixa outros de fora”! Bom, voltando ao assunto desta semana, tenho ouvido algumas conversas aqui na empresa durante o cafezinho sobre as novas gerações. Filhos, netos, sobrinhos de colaboradores que, segundo eles, estão um pouco distantes da realidade que conhecemos. Dei uma pesquisada no assunto e encontrei algumas discussões sobre isso. A BBC News por exemplo, entrevistou o neurocientista francês Michel Desmurget, que lançou o livro “A Fábrica de Cretinos Digitais”, que trata sobre como os dispositivos digitais estão afetando seriamente — e para o mal — o desenvolvimento neural de crianças e jovens. “Elas hoje são atordoadas por entretenimento bobo, privadas de linguagem, incapazes de refletir sobre o mundo, mas felizes com sua sina”, explica o autor, nos mostrando uma realidade difícil de entender e até de aceitar. Ele diz que, pela primeira vez na história da humanidade, o Q.I. dos filhos é inferior ao de seus pais, numa referência que deixa claro o momento de obscurantismo que eles vivem, embora estejam desfrutando de um mundo tecnológico muito mais desenvolvido e avançado. O autor diz ainda que: "Simplesmente não há desculpa para o que estamos fazendo com nossos filhos e como estamos colocando em risco seu futuro e desenvolvimento”. Se você está chocado, espere que vem mais! Segundo ele, “não é possível determinar o papel específico de cada fator para a diminuição do Q.I.. Mas podemos incluir, por exemplo, a poluição (especialmente a exposição precoce a pesticidas) ou a exposição a telas. Vários estudos têm mostrado que quando o uso de televisão ou videogame aumenta, o QI e o desenvolvimento cognitivo diminuem. Os principais alicerces da nossa inteligência são afetados: linguagem, concentração, memória, cultura (definida como um corpo de conhecimento que nos ajuda a organizar e compreender o mundo). Em última análise, esses impactos levam a uma queda significativa no desempenho acadêmico”. E tem outras: “As causas também são claramente identificadas: diminuição da qualidade e quantidade das interações intrafamiliares, essenciais para o desenvolvimento da linguagem e do emocional; diminuição do tempo dedicado a outras atividades mais enriquecedoras (lição de casa, música, arte, leitura, esporte etc.); perturbação do sono, que é quantitativamente reduzida e qualitativamente degradada; superestimulação da atenção, levando a distúrbios de concentração, aprendizagem e impulsividade; subestimulação intelectual, que impede o cérebro de desenvolver todo o seu potencial; e o sedentarismo excessivo que, além do desenvolvimento corporal, influencia a maturação cerebral”. Ele ainda faz um alerta: “Atividades relacionadas à escola, trabalho intelectual, leitura, música, arte, esportes, todas têm um poder de estruturação e nutrição muito maior para o cérebro do que as telas. Mas nada dura para sempre. O potencial para a plasticidade cerebral é extremo durante a infância e adolescência. Depois, ele começa a desaparecer. Ele não vai embora, mas se torna muito menos eficiente”. Só para concluir, o neurocientista diz que hoje, “o tempo em frente às telas, em média, são de quase três horas por dia para crianças de dois anos, cerca de cinco horas para crianças de 8 anos e mais de sete horas para adolescentes. Uma criança de dois anos passa quase três horas por dia em frente às telas, em média. Isso significa que antes de completar 18 anos, nossos filhos terão passado o equivalente a 30 anos letivos em frente às telas ou, se preferir, 16 anos trabalhando em tempo integral! É simplesmente insano e irresponsável”. E a culpa é de quem? Sem querer me alongar, mas já me alongando, ouvi uma entrevista na Jovem Pan onde uma terapeuta que trabalha com jovens e jovens adultos, contou que a grande maioria dessas pessoas por conta de tudo isso e ainda da excessiva proteção os pais, não tem opinião própria; não tem iniciativa de decisão; não sabe dizer do que gosta ou do que não gosta, e, entre outras coisas, não sabe dizer o que espera fazer da vida. Isso é muito grave! O bom é que existem as exceções! Segundo ela, os próprios pais e responsáveis colocam muitos jovens nessa situação. Na tentativa de poupa-los dos desafios e frustrações da vida, fazem tudo por eles. “Acham que estão acertando, mas, na verdade, estão errando feio”, disse a terapeuta. Por isso, antes de criticar a falta de atitude das novas gerações, é importante entende-las! Edison Pires  
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