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A Covid-19, a política e o barril de pólvora! - Edison Pires

Publicado em:
19 de abril de 2020 às 18:00:41
Atualizado em:
30 de novembro de 2022 às 17:56:17
A Covid-19, a política e o barril de pólvora! - Edison Pires
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[caption id="attachment_9466" align="aligncenter" width="1500"] Foto: REUTERS/Amanda Perobelli[/caption]

A pandemia da Covid-19 tem levado boa parte do povo brasileiro a uma grande onda de estresse, cada vez mais duradoura e chegando a níveis extremos. Aos poucos, o medo da doença vem sendo substituído por outros dentro do ambiente familiar e profissional, os quais vão sugando a esperança de ver esse pesadelo chegando ao fim. Ficar em casa é uma boa, mas quando isso é opção e não obrigação. Principalmente quando começa a colocar em risco a qualidade de vida das famílias, seja em relacionamento ou econômico/financeiro.

A falta de perspectiva por uma solução aumenta a angústia. Os prazos dados pelo Ministério da Saúde são um bom exemplo disso. Falava-se num pico da doença entre final do mês de março até o meio do mês de abril. Agora, como disse o ex-ministro Mandetta ao Fantástico no domingo último, o pico pode ser entre maio e junho. Quer dizer, o prazo só vai aumentando e, com ele, os problemas.

As restrições impostas para evitar a disseminação da doença estão sendo um verdadeiro castigo. Não quero discutir se são necessárias ou não. Só digo que estão levando o brasileiro a uma realidade que ele jamais viu, onde a incerteza do que vem pela frente é o seu maior inimigo. O que vai acontecer nos próximos meses em relação à doença, à economia e até ao cotidiano do cidadão comum?

Nos últimos dias, muitas famílias passaram a utilizar o cartão de crédito para suas compras essenciais. Isso mostra que a reserva financeira pode estar chegando ao fim. Logo terão que pagar essa fatura e fazer novas compras. No mês seguinte a mesma coisa. Que perspectiva de futuro têm essas pessoas?

As demissões, cortes salariais, férias coletivas entre outras providências estão se intensificando no comércio e na indústria. Para manter o emprego de alguns e o negócio operando, o patrão é obrigado a agir com rigor. Para cumprir obrigações tributárias e com fornecedores, o pequeno e médio empresário têm que contratar crédito, mesmo que a longo prazo. Mas, se não vender o que produziu não vai girar capital, o que só fará aumentar seus débitos, uma vez que alguns vencimentos irão coincidir datas fazendo com que as despesas sejam dobradas. Que perspectiva de futuro têm esses empresários?

Não tenho dúvidas de que vivemos uma realidade de guerra, mesmo sem combate e enfrentamento entre exércitos, mas com a vida social e profissional no fio da navalha. O Brasil sempre foi o país da alegria e do “jeitinho” para driblar as dificuldades. Porém, aos poucos, percebe-se que o sorriso está se esvaindo e que a “boa malandragem” já não está fazendo frente às adversidades na mesma proporção em que elas aparecem.

Para complicar ainda mais esse cenário caótico, os embates políticos mostram que os interesses da classe são bem diferentes dos do povo. Além de muitas vezes caminhar em sentidos opostos, dividem o país ao meio e colocam brasileiros contra brasileiros num momento em que todos estão chegando ao seu limite. Cada vez mais, o Brasil vem se transformando num grande barril de pólvora. A próxima etapa dessa guerra política que assistimos boquiabertos, será a eleição municipal, ou melhor dizendo, a conveniência que a grande maioria de prefeitos e vereadores busca com a prorrogação de seus mandatos. E isso não é boato, é fato! Quem acompanha as notícias do Congresso sabe a quantas andam tal assunto. Será a cereja do bolo, inserida na conta da Covid-19.

Como será o amanhã? Responda quem puder!

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