1° caso de infecção por superfungo é registrado no Brasil
Publicado em:
9 de dezembro de 2020 17:40:19
Atualizado em:
30 de novembro de 2022 17:58:22
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A Anvisa emitiu um comunicado oficial de alerta nesta segunda-feira, 7, de dezembro, após confirmar o primeiro caso de infecção por “Candida auris”. O fungo representa uma grave ameaça à saúde global. O paciente diagnosticado estava internado na UTI, em um hospital da Bahia.
De acordo com as informações, o superfugo sobrevive em ambientes hospitalares, e os cuidados com a limpeza são fundamentais para o controle. A descoberta no Brasil é uma questão séria para os pacientes e hospitais, já que o controle pode ser difícil, explicou a médica Elaine Cloutman-Green, especialista no controle de infecções e professora da University College London.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária divulgou que o superfungo é resistente a vários medicamentos antifúngicos e pode causar infecção diretamente na corrente sanguínea. Ainda segundo a agencia os sintomas mais comuns são: febre, fadiga e dores musculares que precisam ser devidamente tratados, caso contrário podem levar à morte, especialmente se o paciente tiver outros problemas de saúde.
Para a identificação do “Candida auris” são necessários métodos laboratoriais específicos, já que o fungo pode ser facilmente confundido com outras espécies.
A confirmação do primeiro caso no Brasil veio após a equipe submeter a amostra coletada a duas análises, uma realizada no Lacen-BA (Laboratório Central de Saúde Pública Professor Gonçalo Moniz),e outra no HCFM-USP (Laboratório da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), que identificaram o fungo na ponta do cateter do paciente.
Além da Anvisa, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), e a Organização Mundial da Saúde (OMS) também emitiram alerta de “Candida auris” ao mundo, solicitando que as autoridades sanitárias adotassem medidas de prevenção a fim de combater a propagação do fungo.
Transmissão
A forma exata da transmissão do fungo ainda não foi identificada. Porém evidências iniciais apontam que a transmissão pode acontecer após o contato com superfícies, objetos ou equipamentos contaminados. Os especialistas também não descartam a possibilidade da transmissão de uma pessoa para a outra.