/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/k/C/qqcwJyQ5S9PEavOCWx9g/homenagem-3.jpg)
Mudas foram plantadas em um jardim feito para homenagear as quase 100 vidas perdidas para a Covid-19 em Mairinque . Chamado de 'Jardim da Saudade', o local fica em frente ao cemitério da cidade.
Até a última sexta-feira, dia 6, quando teve início o plantio, o coronavírus havia tirado 97 vidas no município, como a mãe de Rosa Maria de Camargo, que partiu sem se despedir.
"No dia em que ela faleceu, a gente não pôde prestar uma homenagem para ela. Então, através desta árvore, eu, em nome de toda a família, estamos fazendo a nossa homenagem para ela", diz.
São várias espécies de árvores nativas e frutíferas, como o abacateiro, o ipê e a araucária. Todas foram doadas por empresas e moradores ao município.
O secretário de Desenvolvimento Econômico e Sustentável de Mairinque, Waldemar de Camargo, explica que o objetivo do plantio é homenagear não só as vítimas de Covid em Mairinque, mas também suas famílias.
"Um gesto simbólico, a árvore representa a vida. Escolhemos esse local próximo ao cemitério onde as vítimas daqui de Mairinque foram enterradas e, ao lado do cemitério, o plantio representa a vida. A árvore representa a vida", explica.
Uma muda de paineira foi plantada em homenagem ao jornalista Jomar Luiz Furlan Bellini, que morreu aos 30 anos depois de 19 dias de diagnóstico e de 12 dias de internação. Jomar foi repórter do G1, produtor da TV TEM e assistente no Cedoc, que guarda o acervo da empresa.
Em nome do batalhão, policiais militares aproveitaram para homenagear dois colegas que também não resistiram à doença: o cabo Eduardo Dutra e o soldado Ícaro Domingues Stefanelli.
A expectativa é de que o jardim fique pronto em um ano, com as árvores já desenvolvidas, gramado e outras melhorias. As fitas com os nomes das vítimas da Covid-19 serão trocadas por placas.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/O/Z/FGJMVNR8GbnBdeaaVBnQ/homenagem-1.jpg)
O plantio da maioria das mudas foi feito pelos parentes dos homenageados. A funcionária pública Luciane Ferreira perdeu a mãe, Aparecida, para a doença. A família, então, se uniu para viver este momento de emoção.
"A gente escolheu o jatobá, porque a gente sabe o tanto que tem de vida nessa árvore e a gente comentou até da possibilidade dos filhos dos nossos filhos poderem olhar para esse lugar e ter uma lembrança da avó. Então, esse momento é maravilhoso", conta.